A Reforma do Ensino Médio, legitimada na lei 13.415/2017, passa a ser implementada em todos os estados brasileiros a partir do ano de 2022. A estrutura curricular desta etapa de ensino deve ser composta pela Base Nacional Comum Curricular, que compreende as quatro áreas de conhecimento, e pela formação técnica profissional, componho assim cinco itinerários formativos a serem escolhidos de acordo com as possibilidades de oferta das escolas. Compreende-se que a não obrigatoriedade de oferta de algumas disciplinas limita o acesso ao conhecimento socialmente referenciado e dificulta as discussões sobre diversidade no ambiente escolar, a exemplo das questões étnico-raciais. Este artigo busca investigar, nos documentos de implementação desta Reforma no Estado de Alagoas, como as questões sobre diversidade étnico-racial atravessam ou são silenciadas no referencial curricular do Estado, além de apresentar dados estatísticos para pensar quem é este público do ensino médio das escolas públicas que será impactado pela Reforma. Metodologicamente, o estudo é do tipo bibliográfico e documental, apresentando dados sobre educação de nível médio no estado de alagoas. Pode-se antecipar que esta reforma é um reforço a uma questão histórica que limita aos mais pobres o acesso ao conhecimento historicamente consolidado.