O presente estudo insere-se no campo das políticas de formação docente e objetiva analisar elementos que evidenciam concepções e implicações do atual cenário da formação de professores no Brasil, focando na BNC – Formação. Uma política que não pode ser interpretada isoladamente, uma vez que foi mobilizada a partir de uma conjuntura de outras deliberações que vêm se consolidando através da ausência de diálogo no âmbito da educação. Nesse contexto, apontamos como problemática as concepções de formação docente que são produzidas no contexto da BNC-Formação. Para fundamentação teórica, evidenciamos abordagens pautadas por Frangella (2020); Ball (2016); Dourado (2020); Brasil (2019); Secchi (2010). O percurso metodológico, de caráter qualitativo, foi desenvolvido a partir da análise documental (Resolução CNE/CP 02/2019). Os resultados nos apontam uma concepção de formação docente centrada na instrumentalidade, padronização e prescrição, configurando um processo hegemônico quanto à precarização e perda de autonomia do trabalho docente. Dessa forma, refletir acerca das políticas de formação docente no Brasil é fundamental para compreendermos os contextos de formulação das referidas políticas, seus fazedores, suas intencionalidades e encenação no contexto escolar. Isso nos possibilita problematizar o campo, articular as discussões e refletir acerca das implicações na prática docente.