Artigo Anais VIII CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA: UM CAMINHO POSSÍVEL PARA UMA “UNIVERSIDADE OUTRA” COM BASE NAS EXPERIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO POPULAR

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Publicado em 07 de dezembro de 2022

Resumo

A Extensão Universitária é reconhecida como um dos pilares da Universidade Pública no Brasil desde a Constituição Federal (BRASIL, 1988). Contudo, a História do Ensino Superior neste contexto, evidencia que os movimentos de aproximação entre a universidade e as comunidades se efetivam posteriormente às ações do ensino e da pesquisa nas Instituições de Ensino Superior (IES) (MAZZILLI, 2011). Um fenômeno que diz respeito tanto aos modos de elaborar conhecimento, quanto na formalização e garantia da Extensão nos projetos institucionais e nas políticas públicas da educação. Com a chegada próxima ao prazo de implementação da extensão na matriz curricular, garantindo um espaço formativo na graduação (BRASIL, 2018), as IES vêm se organizando para garantir sua efetividade. Diante disso, o estudo objetiva evidenciar a relevância da Curricularização da Extensão como caminho de mudança na produção do conhecimento na Universidade Pública brasileira e na formação inicial ao estreitar as relações com as comunidades, baseado na perspectiva da Educação Popular e suas experiências desde a América Latina. Para tanto, com abordagem qualitativa (Minayo, 2011; Valles, 1999), realiza-se um levantamento das políticas de extensão e de sua curricularização e uma Análise Documental (Valles, 1999) evidenciando seus objetivos, concepções e orientações, identificando as aproximações e potencialidades com base na Educação Popular. Como resultados, identifica-se que as experiências coletivas com os processos de democratização da universidade e da educação, e, a história do Ensino Superior na América Latina, apresentam caminhos viáveis de abandono ao paradigma pautado no racionalismo científico. Além disso, as experiências em torno da Educação Popular, ganham potência com a curricularização da Extensão, instigando abertura à uma formação mais integral na graduação, rumo à uma formação humana, contribuindo à reelaboração do conhecimento, reconhecendo os modos de fazer e de ser das camadas populares e de grupos historicamente marginalizados da produção do conhecimento.

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