A Educação Infantil, considerada a primeira etapa da educação básica, constitui-se uma das fases de maior importância para o desenvolvimento da criança de 0 a 5 anos de idade, proporcionando a estas o contato mais próximo com pessoas externas ao seu vínculo familiar. Destarte, a sociedade foi abruptamente pega de surpresa e um evento inesperado deixou uma lacuna na vida de todos os habitantes do planeta e dentre tantas consequências, marca profundamente a educação escolar. De tantas histórias contadas em livros ou passadas de geração a geração através da oralidade, um parêntese será efetivamente aberto às inúmeras histórias que passarão a ser escritas e contadas sobre a vida durante a pandemia do novo coronavírus. As crianças que tiveram sua entrada na creche ou na pré-escola foram afetadas de forma significativa, também tomadas pela “novidade” que lhes impactou, de uma forma ou de outra, as rotinas. Este trabalho objetiva discutir teoricamente sobre os desafios enfrentados pelas crianças da Educação Infantil durante o distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus. Para este propósito, serão feitas referências a alguns estudos da sociologia da infância, buscando o diálogo com as novas condições enfrentadas pelas crianças em idade escolar durante o distanciamento social no cenário pandêmico. Considerando as crianças como sujeitos de direitos, que influenciam a sociedade ao mesmo tempo que é por ela influenciada, refletiremos acerca das consequências diretas e indiretas do evento da Covid-19 nas crianças dessa faixa etária, considerando a importância da educação escolar e do convívio com os pares através da brincadeira, da participação, da expressão corporal e outros direitos primordiais ao desenvolvimento da aprendizagem e do desenvolvimento desses sujeitos.