As características sintomáticas do transtorno do espectro autista (TEA) envolvem dificuldades na comunicação, interação social e comportamentos estereotipados e restritivos. Com isso, é possível que alguns ambientes, principalmente a sala de aula, pareçam desafiadores ou conflituosos para indivíduos com esse transtorno. Devido a isso, entende-se que intervenções educacionais precisam engajar crianças e adolescentes com TEA, criando um ambiente inclusivo e impulsionador. Assim, o objetivo desse trabalho foi realizar um levantamento sistemático acerca das intervenções educacionais para pessoas com TEA. Para tanto, foi realizada um busca nas bases de dados Pubmed, Web of Science, PsycINFO e LILACS da data do primeiro estudo até Fevereiro de 2022. A busca encontrou 4180, porém 28 foram selecionados de acordo com os critérios de elegibilidade e maior evidência científica. Os resultados indicam que intervenções que melhorem habilidades sociais e comunicativas (por exemplo, atividades lúdicas ou práticas estruturadas) são importantes. No entanto, as intervenções tecnológicas resultaram em melhor aderência e maior desenvolvimento das habilidades das crianças com TEA do que as demais. A importância da flexibilidade e monitoramento da sala de aula, por parte do educador, tal como políticas de atualização da equipe pedagógica são essenciais para que as intervenções alcancem bons resultados e precisam ser consideradas.