O presente estudo faz parte de uma pesquisa de doutorado do Programa de Pós Graduação em Psicologia/UFSC e tem como objetivo, a partir de uma revisão de literatura realizada, caracterizar a produção do conhecimento sobre práticas anticapacitistas. Os dados obtidos nessa revisão integrativa de literatura foram por meio de ensaios teóricos e artigos científicos, com a limitação do período de 2009 a 2020. As bases de dados escolhidas de âmbito nacional e internacional para o levantamento das publicações para esta revisão foram: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Educational Resources Information Centre (ERIC), Social Sciences Citation Index (Web of Science) e Elsevier (SCOPUS). Após a análise das juízas de concordância, chegou-se num total de 32 publicações para composição deste estudo. Um protocolo foi organizado pelas autoras para utilização na busca, com intuito de direcionar o levantamento de forma mais assertiva. Além disso, as perguntas orientadoras desta revisão de literatura foram: “Como o capacitismo se reproduz na educação básica?” e “Quais as contribuições dos estudos sobre capacitismo para a construção de práticas anticapacitistas? Neste trabalho, será dada ênfase aos dados obtidos por meio da última pergunta. As análises foram realizadas com base no protocolo estruturado pelas autoras e na análise de conteúdo de Laurence Bardin (2004). Sobre as práticas anticapacitistas indicadas nos artigos podemos destacar a necessidade das/os profissionais das escolas compreenderem a deficiência com base nos Estudos da Deficiência e o impacto disso em suas ações, a necessidade da (re)organização dos currículos para que se tornem mais acessíveis e na proposição de estratégias pedagógicas condizentes com práticas educativas que coadunem com a inclusão escolar. Conclui-se a importância de estudos e pesquisas acerca da temática, para fundamentar as práticas educativas anticapacitistas no ambiente escolar e sua abordagem em formações docentes.