Por muito tempo a escola ocupou um espaço centralizador de dominação no que compete a influência intelectual e reflexos sociais do indivíduo. No entanto, é notório os enormes conflitos baseados na condição e nas imposições propostas por uma conduta de gênero e sexualidade que tem como perspectiva uma reprodução de um discurso heteronormativo. Assim, a socialização e compartilhamento de ideais traz vertentes paradigmáticas de uma abordagem socialmente construída, se faz necessário educar pra uma sociedade de direitos e deveres, em que os indivíduos devem ser tratados com respeito, sem distinção entre classes sociais, gênero, cultura ou religião. Na contemporaneidade a escola vem reconhecendo que seu papel vai muito além de ensinar os conteúdos do livro didático, torna-se um espaço múltiplo de aprendizagem, favorecendo cada vez mais a construção do respeito as diferenças através de todas as dimensões da vida humana, considerando acima de tudo seu desenvolvimento pessoal e social, afinal é nele que se deve extrair as vantagens de um espaço democrático fazendo perceber o quanto a diversidade é enriquecedora. A proposta deste trabalho é trazer um discurso em que todos os indivíduos devem se sentir acolhidos, assim quando há uma hierarquização dessas diferenças dá início ao processos de produção da alteridade, onde muitas vezes os processos de exclusão estão mascarados em modos de agir que se dizem inclusivos, mas que continuam, porém, a inferiorizar as diferenças que não se enquadram em um determinado padrão de normalidade, destacando o papel do professor na escola e como este pode intervir nas situações de conflito que possam aparecer, utilizando como base o arcabouço teórico da psicologia social interligando com as questões contemporâneas que entrelaçam este tema.