SOUZA, Noelly Susana Goedert De et al.. Quadrados mágicos em diversas culturas. Anais IX CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2023. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/95453>. Acesso em: 22/11/2024 15:56
A temática quadrados mágicos foi desenvolvida pelos dois primeiros autores deste artigo junto com seus estudantes durante curso de formação continuada por meio do qual foram obtidos os dados da pesquisa norteada pela pergunta: quais são as implicações de práticas educativas envolvendo o ensino de geometria e álgebra, com abordagens multiculturais e da etnomatemática, visando a aprendizagem significativa nos anos finais do Ensino Fundamental? Esta pesquisa, modalidade qualitativa, foi desenvolvida pelo terceiro autor deste artigo no Mestrado em Ensino de Ciências Naturais e Matemática da Universidade Regional de Blumenau com apoio do Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina (UNIEDU). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética na Pesquisa em Seres Humanos conforme parecer 5.909.423. Os participantes assinaram TCLE, realizaram o curso de formação e apresentaram como trabalho de conclusão o relatório de uma vivência pedagógica relacionada com uma das atividades do curso. O produto educacional, articulado com a dissertação do terceiro autor, serviu como material de apoio deste curso trazendo textos teóricos e atividades didáticas elaboradas conforme a Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel, seguindo orientações de pesquisas em neurociências e considerando os princípios etnomatemáticos de D’Ambrosio. No presente artigo está apresentado um recorte da pesquisa explicitando a análise das compreensões dos participantes da pesquisa e coautores que escolheram o tema quadrados mágicos e utilizaram diversos recursos: mapas geográficos, materiais manipuláveis lúdicos na forma de quebra-cabeça, lousa digital, leitura de textos sobre a lenda da origem do lo-shu, informações históricas sobre a investigação do lo-shu realizada em 1732 pelo matemático africano Mohammad ibn Mohammad, e quadrados mágicos estudados na Europa. Os resultados foram positivos, a valorização da cultura africana contribuiu para a educação étnico-racial e os estudantes participaram ativamente atribuindo significado para conteúdos curriculares: ângulo, simetria, fórmula algébrica do cálculo da constante mágica.