Um dos objetivos da Política Nacional de Educação Especial (PNEE) é garantir aos estudantes da educação especial não apenas o acesso à escola, mas também, a utilização do espaço escolar enquanto parte fundamental do desenvolvimento acadêmico. Dessa forma, o espaço deve ser pensado a partir das necessidades educacionais dos estudantes. Teixeira e Reis (2012) destacam que o espaço traduz a intenção do ambiente. Nesse contexto, ao percebermos a organização da sala de aula no formato tradicional, com alunos posicionados em carteiras divididas em linhas e colunas, temos um formato que remete ainda aos tempos da revolução industrial. Para os surdos esse formato é ainda mais restritivo, uma vez que a comunicação ocorre em Libras e esse modelo não permite que colegas observem comentários ou dúvidas dos demais. A modificação no formato de sala de aula é classificada pelo Ministério da Educação (MEC) como uma adaptação curricular de pequeno porte, ou seja, cabe ao professor realizar. Uma das metodologias que trabalha a modificação do espaço para fins pedagógicos é o Design Thinking (DT). Dessa forma, este trabalho busca avaliar como o DT pode contribuir na adaptação de uma sala que permita a maior integração entre estudantes surdos. Como objetivo principal avaliaremos como o DT pode ser aplicado enquanto metodologia ativa em sala de aula bilíngue. Temos enquanto objetivos secundários verificar qual o melhor formato de sala de aula para estudantes surdos no contexto da pesquisa, avaliar como as aulas ocorreram no formato sugerido e comparar o desempenho e participação dos estudantes antes e depois da modificação realizada. Como caminho metodológico utilizaremos Brown (2018) e Educadigital (2010) em função do alinhamento dos passos com o resultado pretendido pela pesquisa.