Além da transmissão dos conhecimentos da educação formal, a escola também é responsável por oferecer suporte emocional aos estudantes que a compõem, especialmente durante a adolescência. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) a adolescência compreende o estágio de desenvolvimento entre 12 a 18 anos de idade. Esse período, marcado pela transição entre a infância e a vida adulta, apresenta mudanças fisiológicas vivenciadas no corpo, além do enfrentamento a questões como a descoberta do eu, a necessidade de pertencimento a um grupo, o despertar da sexualidade e a separação simbólica do Outro parental. Para muitos, a passagem da adolescência demandará o manejo com a realidade socioeconômica e com inúmeras situações de abandono e violências, por vezes desencadeadoras de sofrimento psíquico. Assim, o plantão psicológico apresenta-se como serviço de acolhimento psicológico para atender a demandas imediatas e emergenciais de sofrimento psíquico. O presente artigo relata a experiência do plantão psicológico vivenciada em uma escola estadual de ensino integral no município de Campina Grande - PB, durante os meses de agosto a dezembro de 2022, como parte do projeto de extensão universitária da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. O público contemplado são adolescentes matriculados no ensino médio com idades entre 15 e 17 anos. Utilizando a abordagem psicanalítica para análise e interpretação dos dados, foi observada a importância do plantão psicológico para a comunidade escolar, possibilitando um espaço de escuta qualificada para as demandas subjetivas enfrentadas pelos alunos.