REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA MEDIAÇÃO EM MUSEUS DE CIÊNCIAS: O CARÁTER DIALÓGICO DA EDUCAÇÃO MUSEAL
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O corpus, selecionado para tratar desta questão, é proveniente de entrevistas, conduzidas com profissionais de dois museus de ciências da cidade do Rio de Janeiro. A transcrição das entrevistas foi submetida à Análise Estrutural do Discurso, possibilitando a codificação das falas e sua organização, inicialmente, em estrutura paralela. Deste modo, no âmbito das RS em questão, foram identificados sete eixos semânticos relacionados aos saberes, aos tipos de interação, às habilidades comunicacionais e aos objetivos educacionais que configuram um bom mediador. Em seguida, foi proposta uma estrutura cruzada, com base nas falas analisadas, pela qual foram identificados quatro perfis de mediadores. O perfil mais valorizado domina saberes pedagógicos próprios a sua prática em museus e exibe habilidades comunicacionais, que resultam em uma interação alinhada a objetivos educacionais dialógicos. Propõe-se que os saberes pedagógicos conformam a atuação desses profissionais, alinhando-a aos princípios adotados na Política Nacional de Educação Museal (PNEM). Pesquisas apontam que tais saberes ainda encontram-se sem um local definido nas universidades, tendo os museus assumido em parte a tarefa de formação destes profissionais. Argumenta-se ser importante investir em propostas para formação mais claras, avançando também na profissionalização de educadores museais. Considera-se, por fim, que as Representações Sociais estudadas apontam essencialmente para uma lógica do diálogo. O que favorece a aproximação do mediador de museus de ciências a referenciais da popularização da ciência, pautando a sua prática em uma noção de saberes menos hierarquizada e uma concepção de ciência mais plural." 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