Artigo Diálogos inclusivos nos diferentes caminhos da educação na pauta do V CINTEDI: tecendo redes de solidariedade na sociedade pós-moderna.

E-books

ISBN: 978-65-5222-007-3

EDUCAÇÃO EM E PARA OS DIREITOS HUMANOS E INCLUSÃO EM ESCOLA DE ESPAÇO PRISIONAL

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          Historicamente, o CINTEDI favorece a intera&ccedil;&atilde;o de renomados/as pesquisadores/as brasileiros/as e estrangeiros/as que investigam as fecundas tem&aacute;ticas da Educa&ccedil;&atilde;o Inclusiva e dos Direitos Humanos. Todos/as os/as pesquisadores/as que escreveram sua hist&oacute;ria no CINTEDI continuam a unir esfor&ccedil;os para que o conhecimento atravesse fronteiras, que redes de solidariedade sejam tecidas e possamos compartilhar experi&ecirc;ncias concretas de inclus&atilde;o.
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                  DI&Aacute;LOGOS INCLUSIVOS NOS DIFERENTES CAMINHOS DA EDUCA&Ccedil;&Atilde;O<br />\r\n
                  NA PAUTA DO V CINTEDI: TECENDO REDES DE SOLIDARIEDADE NA SOCIEDADE P&Oacute;S-MODERNA<br />\r\n
                  <br />\r\n
                  &ldquo;Ningu&eacute;m caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se p&ocirc;s a caminhar&rdquo;.<br />\r\n
                  Paulo Freire (1992)<br />\r\n
                  <br />\r\n
                  O V Congresso Internacional de Educa&ccedil;&atilde;o Inclusiva &ndash; CINTEDI, realizado no per&iacute;odo de 12 a 14 de junho de 2024, em Campina Grande, Para&iacute;ba - Brasil, foi marcado por muitos di&aacute;logos em busca de favorecer a inclus&atilde;o nos mais variados ambientes, espa&ccedil;os, rodas de conversas, palestras, numa troca de saberes e conhecimentos imensur&aacute;veis. Reencontros aconteceram com muitas emo&ccedil;&otilde;es, lembran&ccedil;as, sorrisos e muita esperan&ccedil;a na EDUCA&Ccedil;&Atilde;O. Paulo Freire (1992) nos ensina que &eacute; caminhando que aprendemos a fazer o caminho, as dificuldades e desafios devem ser enfrentados, com isso aprendemos com as experi&ecirc;ncias vividas. A educa&ccedil;&atilde;o &eacute; um caminho e a educa&ccedil;&atilde;o inclusiva &eacute; o nosso sonho. Nosso evento foi um momento desta caminhada.<br />\r\n
                  Nesse sentido, o V CINTEDI contou com a presen&ccedil;a de estudantes, professoras/es e pesquisadoras/es, no &acirc;mbito nacional e internacional. O evento contou com vinte &Aacute;reas Tem&aacute;ticas, em que foi discutida a diversidade da Educa&ccedil;&atilde;o Inclusiva, resultando em quatro E-books. Na presente obra, contemplamos as &aacute;reas de Educa&ccedil;&atilde;o Infantil; Educa&ccedil;&atilde;o Popular e do Campo; Educa&ccedil;&atilde;o de Jovens, Adultos e Idosos; Comunica&ccedil;&atilde;o, Pr&aacute;ticas de Leitura, Escrita e Inclus&atilde;o; Habilidades Socioemocionais e Inclus&atilde;o; Interfaces entre Sa&uacute;de e Inclus&atilde;o; Diversidade &Eacute;tnico-racial, de G&ecirc;nero e Sexualidade e, por fim, Inclus&atilde;o Social e Direitos Humanos.<br />\r\n
                  Na &Aacute;rea Tem&aacute;tica Educa&ccedil;&atilde;o Infantil, s&atilde;o apresentadas duas contribui&ccedil;&otilde;es. O primeiro texto trata da quest&atilde;o da avalia&ccedil;&atilde;o, e destaca o cuidado com o acolhimento, a observa&ccedil;&atilde;o, a escuta e a narrativa da documenta&ccedil;&atilde;o pedag&oacute;gica, como tamb&eacute;m com a forma&ccedil;&atilde;o continuada dos docentes. O segundo texto apresenta uma experi&ecirc;ncia desenvolvida no Est&aacute;gio Supervisionado do curso de Pedagogia, em uma sala de Atendimento Educacional Especializado - AEE, etapa Educa&ccedil;&atilde;o Infantil. Sendo experi&ecirc;ncia muito desafiadora, a viv&ecirc;ncia permitiu conhecer as dificuldades de implementa&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;tica de inclus&atilde;o.<br />\r\n
                  Na sequ&ecirc;ncia, s&atilde;o apresentados os textos da tem&aacute;tica Educa&ccedil;&atilde;o Popular e do Campo, que dialogam com diversas experi&ecirc;ncias. Na pr&aacute;tica da Educa&ccedil;&atilde;o Popular &eacute; destaque, no primeiro texto, o trabalho com as mulheres camponesas, suas experi&ecirc;ncias de vida e trajet&oacute;rias como l&iacute;deres comunit&aacute;rias que, nos espa&ccedil;os de terreiros dom&eacute;sticos, problematizam suas hist&oacute;rias, se empoderam, fortalecem seus relacionamentos de amizade, de conhecimentos e aprendizagens sobre a pol&iacute;tica de inclus&atilde;o das rela&ccedil;&otilde;es de g&ecirc;nero. No texto seguinte, &eacute; analisada a Marcha das Margaridas, evento que congrega v&aacute;rias organiza&ccedil;&otilde;es populares de mulheres, sobretudo do campo, e movimentos sociais do brejo paraibano, buscando compreender se esse &eacute; um espa&ccedil;o formativo de constru&ccedil;&atilde;o de conhecimentos e novas identidades.<br />\r\n
                  Ainda na mesma &Aacute;rea Tem&aacute;tica, o terceiro artigo apresenta pesquisa que destaca a contribui&ccedil;&atilde;o dos movimentos sociais para constru&ccedil;&atilde;o de uma educa&ccedil;&atilde;o do campo e a conquista de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas voltadas para forma&ccedil;&atilde;o da cidadania desta popula&ccedil;&atilde;o.<br />\r\n
                  Sobre a aprendizagem na Educa&ccedil;&atilde;o de Jovens, Adultos e Idosos, &eacute; relatado uma experi&ecirc;ncia de atividades no componente curricular &ldquo;Teoria e M&eacute;todo em Geografia&rdquo;, com pessoas com defici&ecirc;ncia. Nesse, foi constatada a necessidade de incremento na quantidade de monitores para acompanhamento das atividades e que a defici&ecirc;ncia &eacute; apenas um obst&aacute;culo que deve ser enfrentado, e n&atilde;o um impedimento para a aprendizagem.<br />\r\n
                  Dando continuidade as trocas de conhecimentos, a &Aacute;rea Tem&aacute;tica Comunica&ccedil;&atilde;o, Pr&aacute;ticas de Leitura, Escrita e Inclus&atilde;o apresentou tr&ecirc;s artigos. O primeiro trata do relato de experi&ecirc;ncia do componente curricular Est&aacute;gio Curricular Supervisionado II, Ensino de Literatura e L&iacute;ngua Portuguesa no Ensino Fundamental. Nele, buscou-se estudar o g&ecirc;nero textual dram&aacute;tico, visto esse ser muito exclu&iacute;do do cotidiano da sala de aula. O segundo texto &eacute; um artigo que aborda o processo de corre&ccedil;&atilde;o textual em disserta&ccedil;&otilde;es argumentativas escritas por estudantes do Ensino M&eacute;dio em escola p&uacute;blica, no &acirc;mbito da educa&ccedil;&atilde;o inclusiva de L&iacute;ngua Portuguesa. E o terceiro consiste em uma pesquisa sobre literatura de cordel de autoria feminina, discutida no componente curricular T&oacute;picos Especiais em Teoria da Literatura, onde se destacam o tr&aacute;gico, o m&aacute;gico e o mito.<br />\r\n
                  Nas linhas seguintes, integrando a &Aacute;rea Tem&aacute;tica Habilidades Socioemocionais e Inclus&atilde;o, &eacute; destacado estudo sobre como a intelig&ecirc;ncia emocional &eacute; fundamental no desenvolvimento de estudantes, tanto no campo das rela&ccedil;&otilde;es humanas como na forma&ccedil;&atilde;o escolar, especialmente daqueles com neurodesenvolvimento at&iacute;pico. Os resultados da pesquisa apontam para necess&aacute;ria inclus&atilde;o destes estudantes nas salas de aulas regulares e para a import&acirc;ncia da atua&ccedil;&atilde;o docente no desenvolvimento deste processo. Na sequ&ecirc;ncia, &eacute; apresentada uma experi&ecirc;ncia de grupo de escoteiros, sua organiza&ccedil;&atilde;o, atividades e fun&ccedil;&otilde;es.<br />\r\n
                  Um desafio permanente nas discuss&otilde;es sobre Inclus&atilde;o de pessoas com defici&ecirc;ncia na educa&ccedil;&atilde;o &eacute; a rela&ccedil;&atilde;o com o campo da sa&uacute;de, como &eacute; necess&aacute;rio aprofundar a reflex&atilde;o para supera&ccedil;&atilde;o de barreiras, sobretudo, quando elas servem para categorizar, segregar e rotular. No artigo que integra a &Aacute;rea Tem&aacute;tica Interfaces entre Sa&uacute;de e Inclus&atilde;o, &eacute; ressaltado que a exig&ecirc;ncia de laudos n&atilde;o pode restringir o direito de crian&ccedil;as e adolescentes vivenciarem nas escolas a experi&ecirc;ncia de aprender.<br />\r\n
                  Nas discuss&otilde;es sobre Diversidade &Eacute;tnico-Racial, de G&ecirc;nero e Sexualidade foram abordadas v&aacute;rias experi&ecirc;ncias de pesquisa. No primeiro texto destaca-se o brincar na Educa&ccedil;&atilde;o Infantil a partir das rela&ccedil;&otilde;es de g&ecirc;nero e sexualidade. Os resultados da pesquisa apontaram para (re)produ&ccedil;&atilde;o de pr&aacute;ticas machistas e sexistas, bem como, para novos modos de ser e agir que rompem com tais pr&aacute;ticas. O segundo texto aborda a narrativa da trajet&oacute;ria acad&ecirc;mica de mulheres doutoras negras no campo das Ci&ecirc;ncias da Natureza, observando quais as dificuldades enfrentadas por estas profissionais. A terceira pesquisa questiona a fragilidade da forma&ccedil;&atilde;o cr&iacute;tica do novo curr&iacute;culo do Ensino M&eacute;dio, o processo ensino - aprendizagem e a precariza&ccedil;&atilde;o do trabalho docente. No texto, destaca-se que a Educa&ccedil;&atilde;o Inclusiva precisa ser uma cultura que contempla todas as pessoas, estudantes com defici&ecirc;ncia, bem como, a necessidade da cont&iacute;nua reflex&atilde;o sobre as quest&otilde;es de cor/ra&ccedil;a, classe e g&ecirc;nero.<br />\r\n
                  Na sequ&ecirc;ncia, ainda na &Aacute;rea Tem&aacute;tica Diversidade &Eacute;tnico-Racial, de G&ecirc;nero e Sexualidade, o quarto texto trata de uma pesquisa sobre os curr&iacute;culos dos cursos de Pedagogia das institui&ccedil;&otilde;es de ensino superior p&uacute;blicas do Paran&aacute;/Brasil, com intuito de mapear a forma&ccedil;&atilde;o de professores para inclus&atilde;o, rela&ccedil;&otilde;es &eacute;tnico-raciais e a educa&ccedil;&atilde;o quilombola. Constatou-se que esta forma&ccedil;&atilde;o ainda &eacute; superficial, mesmo que seja uma necessidade para o combate ao racismo, preconceito e discrimina&ccedil;&atilde;o. Os textos seguintes tratam das rela&ccedil;&otilde;es de g&ecirc;nero. A quinta pesquisa aborda as rela&ccedil;&otilde;es de trabalho, problematizando as desigualdades entre homens e mulheres nas ag&ecirc;ncias de turismo. Foi constatado que as mulheres enfrentam desafios em diversas situa&ccedil;&otilde;es de explora&ccedil;&atilde;o e discrimina&ccedil;&otilde;es. Por fim, o sexto texto discute sobre os discursos heteronormativos de arranjos familiares em livros paradid&aacute;ticos dos anos iniciais do ensino fundamental. Neste sentido constatou-se que, embora existam exce&ccedil;&otilde;es, estes materiais ainda transmitem um discurso de fam&iacute;lia normativo desconsiderando a diversidade de modelos familiares existentes.<br />\r\n
                  Na &uacute;ltima &Aacute;rea Tem&aacute;tica deste ebook, Inclus&atilde;o Social e Direitos Humanos, diversas experi&ecirc;ncias destacam o esfor&ccedil;o de promo&ccedil;&atilde;o da inclus&atilde;o. Na primeira, que aborda o trabalho com a m&uacute;sica e pessoas com defici&ecirc;ncia, constatou-se que existem propostas pedag&oacute;gicas adaptadas &agrave;s necessidades educativas especiais, sem diminuir a qualidade e o conte&uacute;do para os estudantes, chegando &agrave; proposi&ccedil;&atilde;o de uma Educa&ccedil;&atilde;o Musical Especial. No segundo texto, o estudo aborda o uso das Tecnologias Digitais da Informa&ccedil;&atilde;o e Comunica&ccedil;&atilde;o (TDIC) por idosos. Trata-se de uma pesquisa bibliogr&aacute;fica, que visa contribuir com a discuss&atilde;o da tem&aacute;tica. A terceira experi&ecirc;ncia reflete sobre um trabalho de interven&ccedil;&atilde;o em turma do 8&ordm; ano dos anos finais do Ensino Fundamental, visando sensibilizar sobre a inclus&atilde;o de pessoas com defici&ecirc;ncia no ensino regular. Para tanto, envolveu-se a comunidade escolar na proposta.<br />\r\n
                  Dando continuidade &agrave; &Aacute;rea Tem&aacute;tica Inclus&atilde;o Social e Direitos Humanos, o quarto texto traz estudo que aborda a Educa&ccedil;&atilde;o para os Direitos Humanos desenvolvida numa escola p&uacute;blica existente num pres&iacute;dio, em que os estudantes s&atilde;o indiv&iacute;duos privados de liberdade. O artigo seguinte apresenta a exist&ecirc;ncia do N&uacute;cleo de Acessibilidade e Inclus&atilde;o nas institui&ccedil;&otilde;es federais de ensino superior, sua import&acirc;ncia, trabalho e abrang&ecirc;ncia, juntamente com a assist&ecirc;ncia social. Por fim, o &uacute;ltimo artigo - n&atilde;o menos importante - &eacute; uma pesquisa bibliogr&aacute;fica integrativa sobre os impactos dos princ&iacute;pios dos Direitos Humanos e a inclus&atilde;o social no ensino superior. Assumir esses princ&iacute;pios no cotidiano da academia, promovendo di&aacute;logos cr&iacute;ticos, favorece a conscientiza&ccedil;&atilde;o sobre igualdade e inclus&atilde;o social no ambiente universit&aacute;rio.<br />\r\n
                  Desejamos que estes estudos ajudem na sua pr&aacute;tica pedag&oacute;gica, caminhando para a tessitura de redes de solidariedade e a viv&ecirc;ncia de uma Educa&ccedil;&atilde;o Inclusiva. Esperamos voc&ecirc; no VI CINTEDI.<br />\r\n
                  <br />\r\n
                  Prof. Dr. Eduardo Gomes Onofre - Universidade Estadual da Para&iacute;ba - UEPB<br />\r\n
                  <br />\r\n
                  Profa. Dra. Margareth Maria de Melo - Universidade Estadual da Para&iacute;ba - UEPB<br />\r\n
                  <br />\r\n
                  Profa. Dra. Sandra Meza - Universidade do Chile<br />\r\n
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                  <br />\r\n
                  REFER&Ecirc;NCIAS<br />\r\n
                  FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperan&ccedil;a: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.<br />\r\n
                  11:36
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                  Eduardo Gomes Onofre<br />\r\n
                  Maria Margareth de Melo<br />\r\n
                  Sandra Meza-Fernandez
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                  Soraya Maria Barros de Almeida Brandao<br />\r\n
                  Luciane Carneiro de Souza<br />\r\n
                  Rayssa Maria Anselmo de Brito<br />\r\n
                  Antonio Henrique Coutelo de Moraes<br />\r\n
                  Magn&oacute;lia de Lima Sousa Targino<br />\r\n
                  Selma Gomes da Silva<br />\r\n
                  Kalline Fl&aacute;via Silva de Lira<br />\r\n
                  Francisco Roberto Diniz Ara&uacute;jo
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                  DI&Aacute;LOGOS INCLUSIVOS NOS DIFERENTES CAMINHOS DA EDUCA&Ccedil;&Atilde;O<br />\r\n
                  NA PAUTA DO V CINTEDI: TECENDO REDES DE SOLIDARIEDADE NA SOCIEDADE P&Oacute;S-MODERNA<br />\r\n
                  <br />\r\n
                  &ldquo;Ningu&eacute;m caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se p&ocirc;s a caminhar&rdquo;.<br />\r\n
                  Paulo Freire (1992)<br />\r\n
                  <br />\r\n
                  O V Congresso Internacional de Educa&ccedil;&atilde;o Inclusiva &ndash; CINTEDI, realizado no per&iacute;odo de 12 a 14 de junho de 2024, em Campina Grande, Para&iacute;ba - Brasil, foi marcado por muitos di&aacute;logos em busca de favorecer a inclus&atilde;o nos mais variados ambientes, espa&ccedil;os, rodas de conversas, palestras, numa troca de saberes e conhecimentos imensur&aacute;veis. Reencontros aconteceram com muitas emo&ccedil;&otilde;es, lembran&ccedil;as, sorrisos e muita esperan&ccedil;a na EDUCA&Ccedil;&Atilde;O. Paulo Freire (1992) nos ensina que &eacute; caminhando que aprendemos a fazer o caminho, as dificuldades e desafios devem ser enfrentados, com isso aprendemos com as experi&ecirc;ncias vividas. A educa&ccedil;&atilde;o &eacute; um caminho e a educa&ccedil;&atilde;o inclusiva &eacute; o nosso sonho. Nosso evento foi um momento desta caminhada.<br />\r\n
                  Nesse sentido, o V CINTEDI contou com a presen&ccedil;a de estudantes, professoras/es e pesquisadoras/es, no &acirc;mbito nacional e internacional. O evento contou com vinte &Aacute;reas Tem&aacute;ticas, em que foi discutida a diversidade da Educa&ccedil;&atilde;o Inclusiva, resultando em quatro E-books. Na presente obra, contemplamos as &aacute;reas de Educa&ccedil;&atilde;o Infantil; Educa&ccedil;&atilde;o Popular e do Campo; Educa&ccedil;&atilde;o de Jovens, Adultos e Idosos; Comunica&ccedil;&atilde;o, Pr&aacute;ticas de Leitura, Escrita e Inclus&atilde;o; Habilidades Socioemocionais e Inclus&atilde;o; Interfaces entre Sa&uacute;de e Inclus&atilde;o; Diversidade &Eacute;tnico-racial, de G&ecirc;nero e Sexualidade e, por fim, Inclus&atilde;o Social e Direitos Humanos.<br />\r\n
                  Na &Aacute;rea Tem&aacute;tica Educa&ccedil;&atilde;o Infantil, s&atilde;o apresentadas duas contribui&ccedil;&otilde;es. O primeiro texto trata da quest&atilde;o da avalia&ccedil;&atilde;o, e destaca o cuidado com o acolhimento, a observa&ccedil;&atilde;o, a escuta e a narrativa da documenta&ccedil;&atilde;o pedag&oacute;gica, como tamb&eacute;m com a forma&ccedil;&atilde;o continuada dos docentes. O segundo texto apresenta uma experi&ecirc;ncia desenvolvida no Est&aacute;gio Supervisionado do curso de Pedagogia, em uma sala de Atendimento Educacional Especializado - AEE, etapa Educa&ccedil;&atilde;o Infantil. Sendo experi&ecirc;ncia muito desafiadora, a viv&ecirc;ncia permitiu conhecer as dificuldades de implementa&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;tica de inclus&atilde;o.<br />\r\n
                  Na sequ&ecirc;ncia, s&atilde;o apresentados os textos da tem&aacute;tica Educa&ccedil;&atilde;o Popular e do Campo, que dialogam com diversas experi&ecirc;ncias. Na pr&aacute;tica da Educa&ccedil;&atilde;o Popular &eacute; destaque, no primeiro texto, o trabalho com as mulheres camponesas, suas experi&ecirc;ncias de vida e trajet&oacute;rias como l&iacute;deres comunit&aacute;rias que, nos espa&ccedil;os de terreiros dom&eacute;sticos, problematizam suas hist&oacute;rias, se empoderam, fortalecem seus relacionamentos de amizade, de conhecimentos e aprendizagens sobre a pol&iacute;tica de inclus&atilde;o das rela&ccedil;&otilde;es de g&ecirc;nero. No texto seguinte, &eacute; analisada a Marcha das Margaridas, evento que congrega v&aacute;rias organiza&ccedil;&otilde;es populares de mulheres, sobretudo do campo, e movimentos sociais do brejo paraibano, buscando compreender se esse &eacute; um espa&ccedil;o formativo de constru&ccedil;&atilde;o de conhecimentos e novas identidades.<br />\r\n
                  Ainda na mesma &Aacute;rea Tem&aacute;tica, o terceiro artigo apresenta pesquisa que destaca a contribui&ccedil;&atilde;o dos movimentos sociais para constru&ccedil;&atilde;o de uma educa&ccedil;&atilde;o do campo e a conquista de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas voltadas para forma&ccedil;&atilde;o da cidadania desta popula&ccedil;&atilde;o.<br />\r\n
                  Sobre a aprendizagem na Educa&ccedil;&atilde;o de Jovens, Adultos e Idosos, &eacute; relatado uma experi&ecirc;ncia de atividades no componente curricular &ldquo;Teoria e M&eacute;todo em Geografia&rdquo;, com pessoas com defici&ecirc;ncia. Nesse, foi constatada a necessidade de incremento na quantidade de monitores para acompanhamento das atividades e que a defici&ecirc;ncia &eacute; apenas um obst&aacute;culo que deve ser enfrentado, e n&atilde;o um impedimento para a aprendizagem.<br />\r\n
                  Dando continuidade as trocas de conhecimentos, a &Aacute;rea Tem&aacute;tica Comunica&ccedil;&atilde;o, Pr&aacute;ticas de Leitura, Escrita e Inclus&atilde;o apresentou tr&ecirc;s artigos. O primeiro trata do relato de experi&ecirc;ncia do componente curricular Est&aacute;gio Curricular Supervisionado II, Ensino de Literatura e L&iacute;ngua Portuguesa no Ensino Fundamental. Nele, buscou-se estudar o g&ecirc;nero textual dram&aacute;tico, visto esse ser muito exclu&iacute;do do cotidiano da sala de aula. O segundo texto &eacute; um artigo que aborda o processo de corre&ccedil;&atilde;o textual em disserta&ccedil;&otilde;es argumentativas escritas por estudantes do Ensino M&eacute;dio em escola p&uacute;blica, no &acirc;mbito da educa&ccedil;&atilde;o inclusiva de L&iacute;ngua Portuguesa. E o terceiro consiste em uma pesquisa sobre literatura de cordel de autoria feminina, discutida no componente curricular T&oacute;picos Especiais em Teoria da Literatura, onde se destacam o tr&aacute;gico, o m&aacute;gico e o mito.<br />\r\n
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                  Um desafio permanente nas discuss&otilde;es sobre Inclus&atilde;o de pessoas com defici&ecirc;ncia na educa&ccedil;&atilde;o &eacute; a rela&ccedil;&atilde;o com o campo da sa&uacute;de, como &eacute; necess&aacute;rio aprofundar a reflex&atilde;o para supera&ccedil;&atilde;o de barreiras, sobretudo, quando elas servem para categorizar, segregar e rotular. No artigo que integra a &Aacute;rea Tem&aacute;tica Interfaces entre Sa&uacute;de e Inclus&atilde;o, &eacute; ressaltado que a exig&ecirc;ncia de laudos n&atilde;o pode restringir o direito de crian&ccedil;as e adolescentes vivenciarem nas escolas a experi&ecirc;ncia de aprender.<br />\r\n
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                  Na sequ&ecirc;ncia, ainda na &Aacute;rea Tem&aacute;tica Diversidade &Eacute;tnico-Racial, de G&ecirc;nero e Sexualidade, o quarto texto trata de uma pesquisa sobre os curr&iacute;culos dos cursos de Pedagogia das institui&ccedil;&otilde;es de ensino superior p&uacute;blicas do Paran&aacute;/Brasil, com intuito de mapear a forma&ccedil;&atilde;o de professores para inclus&atilde;o, rela&ccedil;&otilde;es &eacute;tnico-raciais e a educa&ccedil;&atilde;o quilombola. Constatou-se que esta forma&ccedil;&atilde;o ainda &eacute; superficial, mesmo que seja uma necessidade para o combate ao racismo, preconceito e discrimina&ccedil;&atilde;o. Os textos seguintes tratam das rela&ccedil;&otilde;es de g&ecirc;nero. A quinta pesquisa aborda as rela&ccedil;&otilde;es de trabalho, problematizando as desigualdades entre homens e mulheres nas ag&ecirc;ncias de turismo. Foi constatado que as mulheres enfrentam desafios em diversas situa&ccedil;&otilde;es de explora&ccedil;&atilde;o e discrimina&ccedil;&otilde;es. Por fim, o sexto texto discute sobre os discursos heteronormativos de arranjos familiares em livros paradid&aacute;ticos dos anos iniciais do ensino fundamental. Neste sentido constatou-se que, embora existam exce&ccedil;&otilde;es, estes materiais ainda transmitem um discurso de fam&iacute;lia normativo desconsiderando a diversidade de modelos familiares existentes.<br />\r\n
                  Na &uacute;ltima &Aacute;rea Tem&aacute;tica deste ebook, Inclus&atilde;o Social e Direitos Humanos, diversas experi&ecirc;ncias destacam o esfor&ccedil;o de promo&ccedil;&atilde;o da inclus&atilde;o. Na primeira, que aborda o trabalho com a m&uacute;sica e pessoas com defici&ecirc;ncia, constatou-se que existem propostas pedag&oacute;gicas adaptadas &agrave;s necessidades educativas especiais, sem diminuir a qualidade e o conte&uacute;do para os estudantes, chegando &agrave; proposi&ccedil;&atilde;o de uma Educa&ccedil;&atilde;o Musical Especial. No segundo texto, o estudo aborda o uso das Tecnologias Digitais da Informa&ccedil;&atilde;o e Comunica&ccedil;&atilde;o (TDIC) por idosos. Trata-se de uma pesquisa bibliogr&aacute;fica, que visa contribuir com a discuss&atilde;o da tem&aacute;tica. A terceira experi&ecirc;ncia reflete sobre um trabalho de interven&ccedil;&atilde;o em turma do 8&ordm; ano dos anos finais do Ensino Fundamental, visando sensibilizar sobre a inclus&atilde;o de pessoas com defici&ecirc;ncia no ensino regular. Para tanto, envolveu-se a comunidade escolar na proposta.<br />\r\n
                  Dando continuidade &agrave; &Aacute;rea Tem&aacute;tica Inclus&atilde;o Social e Direitos Humanos, o quarto texto traz estudo que aborda a Educa&ccedil;&atilde;o para os Direitos Humanos desenvolvida numa escola p&uacute;blica existente num pres&iacute;dio, em que os estudantes s&atilde;o indiv&iacute;duos privados de liberdade. O artigo seguinte apresenta a exist&ecirc;ncia do N&uacute;cleo de Acessibilidade e Inclus&atilde;o nas institui&ccedil;&otilde;es federais de ensino superior, sua import&acirc;ncia, trabalho e abrang&ecirc;ncia, juntamente com a assist&ecirc;ncia social. Por fim, o &uacute;ltimo artigo - n&atilde;o menos importante - &eacute; uma pesquisa bibliogr&aacute;fica integrativa sobre os impactos dos princ&iacute;pios dos Direitos Humanos e a inclus&atilde;o social no ensino superior. Assumir esses princ&iacute;pios no cotidiano da academia, promovendo di&aacute;logos cr&iacute;ticos, favorece a conscientiza&ccedil;&atilde;o sobre igualdade e inclus&atilde;o social no ambiente universit&aacute;rio.<br />\r\n
                  Desejamos que estes estudos ajudem na sua pr&aacute;tica pedag&oacute;gica, caminhando para a tessitura de redes de solidariedade e a viv&ecirc;ncia de uma Educa&ccedil;&atilde;o Inclusiva. Esperamos voc&ecirc; no VI CINTEDI.<br />\r\n
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                  Prof. Dr. Eduardo Gomes Onofre - Universidade Estadual da Para&iacute;ba - UEPB<br />\r\n
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                  Profa. Dra. Margareth Maria de Melo - Universidade Estadual da Para&iacute;ba - UEPB<br />\r\n
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                  Profa. Dra. Sandra Meza - Universidade do Chile<br />\r\n
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                  FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperan&ccedil;a: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.<br />\r\n
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                  Kalline Fl&aacute;via Silva de Lira<br />\r\n
                  Francisco Roberto Diniz Ara&uacute;jo
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Publicado em 23 de julho de 2024

Resumo

A dignidade da pessoa humana se forma por meio de uma cultura de respeito aos direitos humanos, o que envolve a promoção de valores de igualdade, liberdade, justiça, cidadania, solidariedade, dentre outros. A Educação em e para os Direitos Humanos caracteriza-se por uma educação permanente, continuada e global (Zenaide e Viola: 2019), envolve mudança cultural e uma educação em valores, pois se busca a transformação dos sujeitos por meio das aprendizagens coletivas, ao invés da reprodução de conteúdos. No Brasil ainda não há uma cultura voltada para o debate dos direitos humanos na Educação Básica, senão no âmbito da inter/transdisciplinaridade, portanto, algo recomendado. Nesse sentido, apresentamos este artigo com o objetivo de discutir a educação em e para os direitos humanos em escola pública, tomando como ponto de partida os sujeitos privados de liberdade, os quais são incluídos no espaço escolar da Escola Estadual do Ensino Fundamental e Ensino Médio (EEEFEM) Paulo Freire, situada no município de Campina Grande, no estado da Paraíba, no interior do Complexo do Serrotão, espaço de aprisionamento de sujeitos que abriga em seu interior uma escola pública, cujo nome Escola Paulo Freire remete à liberdade, autonomia, educação e mudança e, conscientização. Sendo assim, procuramos identificar em que momento os sujeitos da escola desenvolvem práticas emancipadoras, libertadora desses sujeitos, bem como se a educação promovida pela Escola se constitui como prática da liberdade considerando a coexistência de políticas educacionais com políticas de segurança para os sujeitos privados de liberdade. Nossa análise se pauta em levantamento documental, bibliográfico e de campo, sendo realizadas entrevistas semiestruturadas, rodas de conversas com professores e educandos, confecção de caderneta de campo com anotações, levantamento fotográfico. Os resultados indicam precariedade na atenção dos direitos, dentre eles, o acesso à educação que se restringe a aproximadamente, 5% do universo de pessoas aprisionadas.

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