O presente painel coloca em diálogo estudos realizados no âmbito de duas universidades públicas da região sul e de um instituto federal de educação da região nordeste do país com foco nas políticas de inclusão escolar para o público-alvo da educação especial. Seu objetivo é analisar as lógicas contemporâneas e multifacetadas de expropriação do direito à educação do público-alvo da educação especial, apresentando alternativas de resistência a partir da dimensão da formação continuada dos profissionais da educação. São tecidas discussões sobre os fenômenos da privatização na/da educação com foco na interface entre as modalidades da educação especial e da educação de jovens e adultos; e da medicalização da vida no contexto da escola de ensino comum como um modus operandis em que a racionalidade médica tangencia os processos escolares inclusivos. Além disso, são realizadas análises sobre uma ação de formação continuada envolvendo pautas referentes à afirmação da educação inclusiva em um Instituto Federal de Educação em que a fala e a escuta ativa é tratada como um operador organizador dos encontros formativos. A metodologia das pesquisas em articulação é de natureza qualitativa e envolve diferentes procedimentos metodológicos, tais como, estudos bibliográficos, documentais e de indicadores educacionais. A contribuição do painel se assenta na sua leitura crítica às políticas públicas de educação especial como mantenedora de lógicas excludentes e na sua dimensão propositiva ao investigar formas de resistência na qual a dimensão (auto) formativa insurge como um caminho de promoção da educação inclusiva como a ética do encontro com as diferenças.