O estudo teve como objetivo analisar a relação do trabalho de docentes da Educação Profissional e Tecnológica – EPT com a Síndrome de Burnout (uma doença ocupacional caracterizada como esgotamento profissional), em meio a pandemia da Covid-19. Empenhou um olhar atento às demandas específicas dos professores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico - EBTT no serviço público federal, no contexto da pandemia da Covid-19. A metodologia é exploratória, e estudo do caso. O universo é de 2.089 professores distribuídos em 35 campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE. A pesquisa foi submetida e aprovada no comitê de ética do IFCE, via Plataforma Brasil. Participaram da amostra 231 docentes. A coleta de dados se constituiu por aplicação do questionário Maslach Burnout Inventory (MBI), adaptado e validado no Brasil por Tamayo, (1997). O período de coleta de dados foi no segundo semestre de 2021. A análise dos dados se deu por estatística descritiva, utilizando o software Statistic Package for the Social Sciences – SPSS (versão 28). Os resultados mostraram que 69,1% dos apresentaram a Síndrome de Burnout. Sendo que 31,16% (72 professores) estavam na categoria “alto” e 38,09 % (88 professores) na categoria “médio” de Burnout. Já, 30,73% (71 docentes) constituíram o nível “baixo” de Burnout. Considera-se, que a prática docente em meio a pandemia da Covid-19, com o advento do trabalho remoto e das alterações consideráveis na rotina da escola e restrições da vida social, os docentes da EPT apresentaram expressivo problema na saúde mental relacionado ao trabalho, o que influencia diretamente na qualidade da atuação profissional e na educação dos alunos. Recomendamos o aprofundamento de estudos correlatos, apreendendo os aspectos qualitativos, com vistas nas causas, percepções e sentimentos associados a esta problemática para futuras ações e políticas em prol da saúde no trabalho docente.