Este estudo apresenta resultados de cinco produções acadêmicas (teses e dissertações) no período de 2010 a 2020 que possuem como apontamentos as impressões e percepções de jovens estudantes do ensino médio integrado de Institutos de Educação, Ciência e Tecnologia situados em quatro estados do Brasil, sobre a formação profissional e suas expectativas quanto ao futuro profissional. O estudo é de natureza descritiva e de análise discursiva a partir dos resultados das produções acadêmicas identificando possíveis causas da invariância apresentada quanto as projeções de futuro desses jovens que supervaloriza e “feitichiza” a formação técnica e profissional ligada a uma ideologia elitista, administrativa e utilitária de salvação das mazelas sociais, empregabilidade garantida, acesso ao ensino superior, melhoria de renda e possível ascensão social. A análise discursiva tem como referencial teórico a educação e emancipação, teoria do capital humano e o trabalho como princípio educativo. Os resultados apontam que os estudantes tendem a reproduzir discursos que ideologizam a formação profissional como fonte de oportunidades e ponte segura de ingresso no trabalho ou ao ensino superior, numa visão utilitarista e pragmática que se distancia da perspectiva de rompimento e superação com o mecanicismo e objetivos exclusivos de uma formação para atender ao mercado capitalista, para a consolidação de educação humana, cidadã, integral, científica e cultural.