O presente texto tem como finalidade propor reflexões sobre a organização dos espaços nos contextos de Educação Infantil (EI), a partir de um diálogo bibliográfico, enriquecido por apresentações de abordagens internacionais, as quais traduzem a potencialidade educativa de espaços pensados para as crianças da EI e são inspiradoras no/para o contexto brasileiro. As reflexões pautam-se em contribuições de estudos de Forneiro (1998), Zabalza (1998), Horn (2004, 2017), Haddad (2011, 2015), Barbosa e Horn (2001) e Lira (2016); e das apresentações da abordagem americana High/Scope (HOHMANN e WEIKART, 2007; LIRA, 2016; HADDAD, 2004), a qual pressupõe um espaço planejado e equipado, de modo a apoiar as várias possibilidades de brincadeiras, experimentações e interações; e da abordagem italiana Reggio Emilia (GANDINI, 2016a, 2016b; VECCHI, 2017; RINALDI, 2020; HOYUELOS, 2020), que traz o espaço como um terceiro educador e tem-se como proposta a organização de um ateliê, tornando-se um convite aberto à experimentação. Caracteriza-se, assim, como um estudo de cunho bibliográfico, por reunir informações de obras já publicadas acerca das temáticas em estudo (GIL, 2002). A partir das discussões tecidas, pode-se concluir que o modo como se organizam os espaços está relacionado às concepções de criança, infância(s) e EI, conforme apontado por diferentes autores. Além disso, estes afirmam que a organização dos espaços pensados para as crianças potentes, ativas e ricas, propiciam inúmeras oportunidades para o seu desenvolvimento, o qual é potencializado por meio de explorações, descobertas e brincadeiras.