Este trabalho busca analisar a importância e os desafios do ensino de histórias sensíveis, com foco na abordagem da temática do racismo. No contexto atual, reconhecemos a necessidade de abordar assuntos delicados como o racismo de forma responsável e eficaz nas salas de aula. Tomamos as contribuições de Paulo Freire (2001) e Howard Zinn (2008) que argumentam que o ensino de história deve ser uma ferramenta crítica para compreender as desigualdades sociais e promover a conscientização, enfatizando a importância do diálogo e da problematização histórica, defendendo uma história mais inclusiva, que dê voz aos grupos historicamente marginalizados. Como também Dominick LaCapra (2005) que destaca a natureza sensível da história, que apresenta como eventos traumáticos, como a escravidão e a segregação racial, deixam marcas duradouras na sociedade e na psicologia das pessoas. Isso nos leva a considerar como o ensino de tais histórias pode afetar emocionalmente os estudantes. Portanto, este trabalho propõe uma abordagem pedagógica que combina a conscientização crítica de Freire, a inclusão de Zinn e a sensibilidade histórica de LaCapra. Buscamos trazer possibilidades de um ensino através dos usos de narrativas, literatura e testemunhos pessoais para facilitar a compreensão emocional e intelectual das histórias sensíveis, possibilitando ao ambiente da sala de aula um lugar seguro de aprendizado, onde os discentes podem discutir abertamente as questões do racismo e tecer reflexões sobre suas implicações na sociedade contemporânea. De tal forma que o ensino de história se torne uma ferramenta para trabalhar a temática do racismo, buscando promover uma conscientização histórica como também promover uma justiça social, despertando nos discentes também empatia, transformando em bons agentes sociais na sociedade.