Este artigo apresenta como objetivo o estabelecimento de um diálogo entre professores que atuam na formação de professores, seja ela inicial ou continuada, sobre seus modos de subjetivação e constituição de identidade. A subjetividade tem sido foco de discussão de diversas 'áreas do saber que se ocupam em investigá-la sob vários prismas, inclusive, promovendo noções bem distintas acerca de como tratá-la ou vê-la. Aqui, entendemos a subjetividade como o eu que percebe, sente, vivência, logo, se abre à experiência de conhecer o mundo, seja ele interno, seja ele externo ao sujeito. Assim, o indivíduo se torna sujeito pela sua relação com o Outro. Nessa realidade, podemos tomar como exemplo a formação de professores que pode ser compreendida como o conjunto de processos reflexivos vivenciados pelos sujeitos no contexto de atuar na educação, podendo promover (trans)(form)ações das mais diversas. Recorrendo ao método cartográfico, construiu-se um diálogo formativo acerca do processo de tornar-se sujeito professor a partir da formação de outros sujeitos docentes. Percebeu-se como a relação com o Outro vai compondo identidades, passando do si sobre si, do outro em mim, de mim no outro e de nós no mundo. Isso influencia e é influenciado na formação dos sujeitos envolvidos, na constituição de suas identidades e na preocupação que todos constroem sobre o mundo, mais especificamente da educação. Nota-se como essa percepção de construção identitária e de modos de subjetivação são importantes de serem investigadas dentro das pesquisas sobre formação de professores, pois fazem parte dessa dinâmica e influenciam bastante em diversos processos dos sujeitos envolvidos.