No cotidiano escolar, surgem diversos substantivos a que são atribuídos valores e importância específica, e, dessa forma, forma-se uma espécie de dicionário pedagógico. Neste sentido, emerge a obra “P de professor” (2018) de Jorge Larrosa e Karen Rechía, que foi analisada em dois encontros semanais entre os graduandos, supervisores e orientadores do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), da Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES/RS. Os verbetes foram o ponto de partida para a reflexão deste resumo, caracterizado como relato de experiência das bolsistas pibidianas do Subprojeto Pedagogia. O estudo teve como base os verbetes “Aluno”, “Aula”, “Aprendizagem”, “Educação”, “Experiência” e “Exposição”. Com o objetivo de expor uma crítica às concepções normalizadoras do ensino e esboçar alternativas para a escola contemporânea, a educação é repensada como um lugar possível da experiência. Neste processo, podemos concluir que, nestes encontros, os bolsistas puderam ressignificar as palavras do cotidiano escolar. Precisa-se incentivar o “aluno” a tornar-se um estudante; encarar a “aula” como um espaço (lugar do ofício) e um tempo (unidade relativa ao curso); repensar o verbete “aprendizagem”, que possui uma carga incômoda enraizada nos discursos docentes; ver a “educação” como a relação estabelecida entre gerações na renovação e transmissão de conhecimentos; a “exposição” diária entre professor e alunos, que fazem da sala de aula um lugar público; e que a “experiência” é única, devendo ser pensada a partir do estar-no-mundo.