O planejamento é muitas vezes considerado elemento chave para o sucesso da aula, mas planejar não impede que imprevistos aconteçam. Assim, a competência de criar estratégias imediatas para resolver esses acasos se faz tão importante quanto a própria preparação. O presente relato aborda esse tipo de desafio e como ajudar o aluno a aproveitar a aula mesmo em um contexto fora do esperado pelo professor. Para isso, é apresentada uma regência ministrada durante o programa de Residência Pedagógica de Inglês, na qual surgiram fatores que não estavam previstos no plano de aula, como o estado de ansiedade dos alunos, fazendo com que sua aplicação parecesse impossível. O objetivo de analisar essa experiência é investigar através da Hipótese do Filtro Afetivo (KRASHEN, 1982) como a ansiedade dos alunos pode afetar a realização do plano de aula. Um exemplo disso é o aluno estar consciente de que pode cometer um erro e ter dificuldade em se expressar oralmente ou por escrito. Isso se deve à existência de um alto filtro afetivo, ou seja, um alto nível de ansiedade que dificulta a aprendizagem em maior ou menor grau, impactando também o nível de interesse do aluno. Entende-se que é impossível estabelecer um contexto de ensino perfeito, mesmo com muito planejamento, e estar ciente disso pode ajudar o professor a assumir uma postura mais calma, gerenciando melhor a pressão de ministrar a aula exatamente como o desejado.