Este trabalho refere-se ao relato da primeira autora, que é residente do subprojeto Biologia do Programa Residência Pedagógica da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, sobre suas percepções a partir de uma regência sobre sexualidade realizada no 8º do ensino fundamental de uma escola estadual no município de Diamantina/MG. O planejamento foi realizado para uma sequência didática dividida em 3 momentos: o 1ºmomento previu uma caixa de perguntas anônimas sobre a temática, o 2º momento previa uma aula a partir das perguntas dos alunos depositadas na caixa, e o 3º momento seria uma visita técnica ao laboratório de Anatomia Humana da universidade. No decorrer da regência surgiram sentimentos de insegurança, vergonha e medo para abordar determinadas questões. Percebi que essa turbulência de emoções/sentimentos poderia ser decorrente da minha imaturidade enquanto profissional em formação, procurei orientações com a preceptora e a docente orientadora do Programa, o que mudou completamente minha visão sobre como prosseguir. Conduzi uma aula teórica utilizando uma linguagem próxima à dos estudantes, busquei não amedrontá-los quanto às Infecções Sexualmente Transmissíveis, preferindo uma abordagem de autopreservação e autocuidado. A aula prática sobre métodos contraceptivos ocorreu com total participação da turma, proporcionando muito mais segurança à minha atuação como residente/professora. Concluí que essa experiência modificou não só a mim como futura docente, mas também aos estudantes, que sentiram-se a vontade para esclarecer suas dúvidas, explicar o conteúdo na linguagem dos alunos é um ponto chave, assim como procurar apoio de outros profissionais mais experientes.