Este trabalho relata a experiência de pesquisa no âmbito do Programa de Residência Pedagógica - PRP, em desenvolvimento com bolsistas de Licenciatura em Pedagogia, que atuam em escolas-campo na periferia de Brasília, em São Sebastião – DF. Face ao questionamento existencial identificado entre essas professoras em formação: “ser ou não docente - eis a questão!”. Tem-se como objetivos: identificar as perspectivas das licenciandas vinculadas ao programa sobre o desejo de se tornarem ou não professoras de séries iniciais; analisar as representações sociais desses sujeitos sobre os significados de “ser docente” e; levantar quais aspectos da estrutura profissional da carreira docente, de seu regime, rotina e condições de trabalho são fatores de atração ou desinteresse pela docência. Emergem do processo de pesquisa importantes discussões que sinalizam que a autonomia docente e o respeito ao pluralismo de ideias, características encontradas pelas residentes na escola pública, seriam fatores de estímulo para seguir a carreira, em contraponto ao que encontraram na rede privada de ensino em estágios anteriores; a proletarização e precarização do trabalho docente como um dos fatores principais de desinteresse pela docência e por fim; o significado e a autenticidade de ser docente estarem condicionados a uma perspectiva praxiológica, crítica e emancipadora.