Este artigo apresenta reflexões sobre a relação entre o perfil de dromoaptidão cibercultural de estudantes de cursos de licenciatura, ofertados a distância, e a aprendizagem apoiada pela mediação tecnológica. O estudo trouxe como embasamento os conceitos propostos por Eugênio Trivinho (2007, 2009), especificamente: dromocracia cibercultural, dromoaptidão e dromoinaptidão. Tais conceitos formam problematizados e contextualizados no âmbito da educação a distância e das demandas de aprendizagem próprias dessa modalidade de ensino, sendo proposto um modelo alternativo com estágios (níveis) de dromoaptidão, considerando os estudos de Dreyfus e Dreyfus (1980). Metodologicamente tratou-se de um estudo de caso qualitativo, fundamentado na Teoria das Representações Sociais, tendo como instrumento de pesquisa um questionário online, direcionados a estudantes de uma instituição pública de ensino superior, que cursam as licenciaturas em Ciências Biológicas e Letras/Português. Os resultados apontam que os estudantes, embora apresentem habilidades ciberculturais e algum capital cognitivo conforme, este ainda está incipiente. Isso se caracteriza pelo pouco acesso às tecnologias mais atualizadas, pela qualidade do uso rede (internet) e pelas dificuldades relacionadas às habilidades ciberculturais de forma mais plena. Como demanda para pesquisas futuras, vislumbra-se a possibilidade de aprofundar a pesquisa com outro público e em outros contextos institucionais, sejam educacionais ou não.