O câncer caracteriza-se como uma doença crônica de alta prevalência no mundo. Dentre os sinais e sintomas frequentes nessa patologia, destaca-se a dor, que associa-se a manifestações físicas, cognitivas, culturais e psicológicas. A dor pode interferir negativamente na vida diária da pessoa com câncer e elevar as chances do surgimento de sintomas de depressão, o que interfere diretamente sobre a qualidade de vida do paciente. Deste modo, o presente estudo tem como objetivo avaliar a dor e a presença de sintomas de depressão de pessoas idosas em tratamento oncológico. Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado entre os meses de outubro a dezembro de 2019, em um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia no município de João Pessoa, Paraíba, Brasil. Participaram 139 pessoas idosas com diagnóstico médico de câncer e que estavam em tratamento oncológico. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário semiestruturado, o questionário de Dor de McGill e o Inventário de Beck para Depressão – IBD, os dados foram analisados por meio de análise descritiva e inferencial. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do CCS da UFPB. Observou-se uma maior frequência de mulheres, com 60 anos a 69 anos, casadas, com escolaridade de um a quatro anos de estudo e procedentes do interior da Paraíba. Na avaliação da dor, observou-se que 68,0% dos pacientes apresentaram queixas de quadro álgico, com maior frequência de dor moderada. Evidenciou-se que 36,7% dos participantes referiram presença de sintomas de depressão. Na correlação da sintomatologia depressiva com a dor, observou-se correlação positiva com significância estatística (p ? 0,05). O aumento da dor está correlacionado ao aumento dos sintomas de depressão, ressaltasse a importância de considerar os resultados deste estudo em benefício desta população, utilizando-os como norte para o planejamento de intervenções biopsicossociais.