Este artigo é o recorte de uma pesquisa desenvolvida no Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica PROFEPT no IFSUL campus Charqueadas, RS. O objetivo é relatar a pesquisa realizada nos dois maiores presídios femininos do Rio Grande do Sul sobre o Ensino Profissional oferecido em ambos os estabelecimentos. O Ensino Profissional, de livre oferta e sem vinculação em grau de escolaridade, se torna essencial no contexto prisional, como ferramenta de ressocialização das pessoas em situação de cárcere gerando remição de pena e maiores possibilidades de reinserção em sociedade. Através de questionários semiestruturados, foram ouvidas 189 mulheres, 01 gestora e 01 servidora técnica no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier e da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, que forneceram dados para a identificação das principais dificuldades na oferta e na conclusão de Cursos Profissionais no âmbito penitenciário. Além de traçar o perfil dos cursos mais requisitados pelas mulheres em situação de cárcere, também foi traçado o perfil etário e escolar desta população. Conforme os resultados obtidos, 38,1% das pesquisadas têm entre 31 e 40 anos e 42,3% possuem somente o Ensino Fundamental incompleto, a grande maioria também nunca realizou nenhum curso durante seu recolhimento e não possui nenhum trabalho prisional, as ditas ligas laborais. Nas considerações finais são apontados alguns fatores que dificultam a implementação de Cursos Profissionais em presídios, mas a falta de efetivo funcional é certamente o maior empecilho apontado.