A sociedade contemporânea, marcada por avanços tecnológicos que têm possibilitado a veiculação de uma gama de conhecimentos, o acesso a plataformas de entretenimento e a comunicação em texto, áudio e imagem em tempo real, vem provocando preocupações com a saúde mental dos indivíduos. Dessa forma, a Educação Emocional tem sido demandada por diferentes instâncias educativas, especialmente as escolas, onde o adoecimento mental muitas vezes se mostra em práticas de automutilação, o que tem levado muitos profissionais a pesquisarem sobre o assunto, buscando estratégias de como lidar com a situação. Assim, este trabalho tem como objetivo discutir a importância da formação teórico-prática em educação socioemocional, a partir da análise de um experimento num curso de extensão, envolvendo literatura e ciência. O estrato científico foi responsável por abordar de forma crítica os conhecimentos produzidos no âmbito das emoções e a literatura, por seu turno, fomentou o acesso à experiência sensível, onde os textos lidos mobilizaram emoções, ao tempo em que promoveram discussões em torno da sociedade, transitando entre ficção e realidade. Esta pesquisa traz inicialmente uma discussão sobre a educação emocional e seus entornos, seguida de uma abordagem da literatura como potencializadora da formação humana. Por último foi feito uma análise da metodologia utilizada no curso de extensão intitulado “Educação Socioemocional e bem-estar: o fortalecimento da subjetividade através da literatura e da ciência”, onde foi constatado o quanto as formações que envolvem teorias e vivências são efetivas e podem contribuir com práticas profissionais. Esta pesquisa é de abordagem qualitativa e de procedimento bibliográfico, com elementos descritivo, exploratório e analítico. O referencial teórico utilizado foi: Goleman (2012), Bisquerra (2020), Possebon (2018), Freire (2004), Candido (2017), Caldin (2009), Gonzalez Rey (2001) dentre outros.