A invisibilização dos animais invertebrados é um desafio recorrente no ensino das ciências. Frequentemente, é dada uma maior ênfase aos animais vertebrados, relegando os invertebrados ao segundo plano. Além disso, o conhecimento sobre esses animais é muitas vezes envolto em preconceitos e concepções equivocadas. O que resulta em uma aversão por parte dos alunos, que percebem esses animais como ecologicamente menos importantes e cientificamente menos interessantes. Tendo isso em vista, uma intervenção pedagógica foi desenvolvida na Escola Estadual Auta de Souza, em Macaíba, Rio Grande do Norte, no âmbito da disciplina de Estágio Supervisionado para Formação de Professores, com o objetivo de enfrentar essas questões. A intervenção ocorreu em uma turma de 7º ano, com 35 alunos de 12 a 16 anos, e consistiu na realização de atividades práticas e lúdicas para explorar a diversidade e a importância dos invertebrados. A partir dos resultados obtidos em um questionário de sondagem, que abordou percepções dos alunos sobre animais, foi possível planejar as aulas e atividades de maneira personalizada. Atendendo às necessidades e interesses individuais. Oito aulas adotaram uma abordagem expositiva-dialogada, com uso de recursos visuais, como vídeos, imagens e reportagens, e também incluíram uma aula prática com peças emprestadas de coleções biológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Essa abordagem combinada de teoria e prática permitiu despertar o interesse dos alunos, desconstruir estereótipos e ampliar o conhecimento sobre a importância dos invertebrados na natureza. A experiência em questão demonstrou a relevância de uma abordagem envolvente no ensino de ciências ao tratar da importância ecológica dos invertebrados. Destacando a importância de técnicas didáticas que promovem a familiarização e valoração desses grupos animais pelos alunos. Tais práticas promovem uma compreensão mais ampla da diversidade da vida terrestre pelos alunos durante sua formação, produzindo cidadãos mais conscientes ambientalmente.