As mulheres indígenas na contextura social brasileira, tanto em seus aspectos históricos como contemporâneos tem contribuído sobremaneira através de suas lutas e resistências no contexto da sociedade brasileira. Refletir sobre o lugar destes segmentos étnico e de gênero é pensar na dimensão formativa de suas ações. Este artigo visa discutir sobre as práticas das mulheres indígenas do povo Potiguar no evento Abril Indígena, enfatizando o papel pedagógico de suas práticas e narrativas de experiências enquanto formativas e que nos ensinam a partir de seus saberes e fazeres. Trata-se de um artigo de reflexão sobre a participação de mulheres indígenas na quinta edição do Abril Indígena da Universidade Estadual da Paraíba – campus I, que através de suas falas, seus cantos, artesanatos e práticas de cura nos ensinam. Estes ensinamentos nos apontam o papel formativo de suas ações pedagógicas construídas no coletivo em suas comunidades e que vivificam a trajetória do seu povo, as suas lutas, resistências e reexistências. Nossa perspectiva metodológica partiu de experiência/formação, baseadas em palestras, oficinas temáticas que foram desenvolvidas por elas no percurso do evento. Consideramos que as mulheres indígenas dentro/fora de suas comunidades apresentam um importante lugar de formação e de memória a partir das práticas que desenvolvem, que são educativas e formativas.