No Brasil um dos grandes problemas enfrentados pelo poder público é a destinação dos resíduos sólidos. O chorume produzido na decomposição dos resíduos sólidos orgânicos, em contato com pilhas, medicamentos vencidos, baterias e outros componentes tóxicos, carrega uma grande quantidade de matéria orgânica, microrganismos, metais pesados e outros constituintes prejudiciais ao meio ambiente. Porém, os resíduos sólidos orgânicos são materiais biodegradáveis com valor nutritivo que podem ser utilizados no processo de compostagem. A compostagem é um processo natural de decomposição da matéria orgânica que envolve transformações promovidas por fungos e bactérias e obtêm a partir da degradação da matéria orgânica, o carbono e os demais nutrientes minerais, necessários para a sua sobrevivência. A compostagem no ambiente escolar, se bem aplicada, pode servir como ferramenta nas discussões e reflexões sobre a problemática ambiental. Assim, este trabalho teve como objetivo principal vivenciar a prática da compostagem como ferramenta para discutir educação ambiental, trazer reflexões interdisciplinares sobre sustentabilidade e inovar práticas sustentáveis no ambiente escolar. O trabalho foi realizado no Laboratório de Ciências durante as aulas de biologia com alunos da 3ª série do ensino médio da Escola de Ensino Médio de Tempo Integral Estado do Pará, localizada no município de Fortaleza- Ceará. Durante a prática, foi possível aprofundar os conceitos vistos durante as aulas e compreender o processo de decomposição dos resíduos orgânicos através de composteiras em garrafas pets. Esta prática permitiu dar um destino aos resíduos produzidos na própria escola que antes eram descartados de forma incorreta. Além disso, foi possível envolver não só alunos, como também os pais, professores, gestores e funcionários da escola, possibilitando maior conscientização sobre a problemática ambiental.