Este artigo apresenta um estudo bibliográfico e dialógico como referencial teórico-metodológico em torno da alfabetização e letramento com um viés formativo e interacionista. A partir do diálogo estabelecido entre os teóricos como Freire, Soares, Smolka, Demo, entre outros autores, trazemos as possibilidades para (re)pensar a alfabetização e letramento como conceitos distintos, mas complementares e inseparáveis a partir da concepção de formação humana e emancipatória segundo a perspectiva de aprendizagem dos sujeitos em suas especificidades e diversidades preservadas e valorizadas. Pela análise teórica, observamos reflexão da prática em alfabetização para além de métodos e culpabilidade dos sujeitos aprendentes, possibilitando reflexões nas condições pedagógicas e humanas. Reconhecemos como a concepção de alfabetizar letrando pode se apresentar desafiadora e disruptiva diante de uma lógica capitalista e individualista, mas seus conceitos e práticas emergem nas tarefas e nos anseios de se alfabetizar para a vida e nela construir sentido, exigindo revistar e ampliar conceitos indispensáveis para formação e desenvolvimento dos sujeitos. A análise proposta visa refletir sobre teorias e práticas de alfabetização e letramento que considerem o sujeito de forma holística, abordando suas dimensões sociais, culturais, econômicas e históricas. A metodologia adotada baseia-se em uma abordagem sócio interacionista, envolvendo os educandos como agentes responsáveis por seu próprio processo de aprendizagem. Como resultado, defendemos a perspectiva interacionista na alfabetização que coloca a educação a serviço da humanidade.