A educação sexual no âmbito escolar corresponde ao processo de busca pelo conhecimento necessário para lidar com questões relacionadas à sexualidade de forma saudável. Trata-se de um assunto delicado que existe desde os tempos antigos até os dias atuais. A polêmica que envolve esse assunto existe por diversos fatores, que vão desde razões teológicas, ético morais, cultural até as mídias sociais. Partindo dessa assertiva, o presente artigo discute os desafios e as estratégias para garantir uma educação sem tabus, destacando a importância de desenvolver nas unidades de ensino uma Educação Sexual informativa, inclusiva, equitativa e integral, além de desmistificar alguns significados atribuídos a este tema de forma errônea por uma sociedade conservadora. A pesquisa é bibliográfica, fundamentada nos princípios da abordagem qualitativa, operacionalizada por meio de uma revisão sistemática da literatura. A fonte do estudo foram os artigos publicados em Português, em periódicos do campo educacional, divulgados nas plataformas como: Scielo, no período de 2010 a 2023. A análise dos dados ancorou-se nos construtos teóricos de Figueiró (2010), dentre outros. A discussão dos dados e informações arroladas no estudo demonstram que os principais desafios enfrentados no trabalho com a educação sexual dizem respeito a dificuldade em trazer o assunto para a sala de aula. Portanto, faz-se necessário que nossas escolas dialoguem abertamente sobre o assunto com os pais/responsáveis dos estudantes, escutem suas concepções de sexualidade e busquem encontrar um equilíbrio entre as diferentes perspectivas aceitas socialmente para uma educação sexual integradora do ser humano. Além disso, exige-se formação inicial e continuada dos profissionais da educação, de modo a abordarem com segurança a temática para os estudantes, além de políticas públicas que incentivem e garantam o direito dos estudantes educarem-se sobre essa dimensão tão importante na definição da identidade dos seres humanos.