O módulo de Pessoas com Deficiência, da Pnad Contínua 2022, mostrou que as pessoas com deficiência estão tendo, proporcionalmente, menos acesso à escola do que as pessoas sem deficiência. Leis foram aprovadas, manuais inscritos, medidas governamentais e particulares vêm sendo executadas, professores estão recebendo formação pedagógica específica para o atendimento adequados aos estudantes com deficiência e algumas escolas estão recebendo instrumentos pedagógicos para facilitar a aprendizagem destas pessoas, mas ainda não se alcançou o ideário de uma escola onde todos são atendidos de formas igualitária, independente de suas características físicas e/ou psicológicas. O objetivo deste artigo é trazer informações acerca do uso das tecnologias digitais no processo educacional das pessoas com deficiência. Quais são as vantagens/limitações/desvantagens deste recurso? Como as tecnologias digitais podem ser usadas para criar meios que facilitem o ensino e a aprendizagem e que favoreçam a educação inclusiva? A nossa pesquisa mostrou que as tecnologias digitais permitem a criação de instrumentos físicos ou virtuais que facilitam a educação de pessoas com deficiência, como por exemplo: computadores acessíveis, por meio de teclado e mouse em braille; criação de contraste em telas; leitores de telas; inclusão de legendas em vídeos, além de materiais específicos para atender uma determinada deficiência. Os textos que fundamentaram a pesquisa atestam que estes materiais têm ajudado, pois através deles pode-se, entre outras coisas, individualizar o ensino, respeitando o ritmo de aprendizagem de cada aluno, viabilizar o uso de canais sensoriais distintos, favorecer uma maior interação entre os estudantes e provocar interesse em efetuar as atividades. Esperamos com isso não apenas beneficiar os estudantes com deficiência, mas enriquecer a experiência educacional de toda a turma, fomentando a diversidade e a compreensão mútua.