Um dos motivos mais frequentes para a evasão escolar é, sem dúvidas, o trabalho infantil, que, em geral, incide sobre as crianças de baixa renda, que precisam trabalhar para ajudar no orçamento familiar. Ainda que se trate de um problema não resolvido em nosso tempo, o trabalho infantil resulta em muitos prejuízos, especialmente para a formação das crianças. Assim sendo, este trabalho procura discutir os casos de evasão escolar, analisando as frequências dos alunos de uma escola da rede pública de Sobral. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritivo-exploratória, que utiliza como instrumento um questionário aberto, que foi aplicado em professores da referida escola. Observou-se, como resultado da investigação, que se o aluno falta além do esperado, isso necessita ser tomado como um alerta, podendo ainda configurar-se como indício de um caso de trabalho infantil. Percebeu-se que tanto a frequência como um bom acompanhamento são indispensáveis para evitar o comportamento evasivo. Além disso, concluiu-se que a criação do fórum é uma boa estratégia para diminuição do trabalho infantil, deixando, assim, portas abertas para o recebimento de denúncias de maus tratos e casos de trabalho infantil, entre outros, o que pode ajudar a se criar articulações para ajudar as famílias em situações precárias. Dentro da sala de aula se faz necessário ainda que o educador aplique atividades significativas para os alunos, de modo que estes se sintam motivados a permanecer no ambiente escolar. Também é fundamental que o núcleo gestor procure construir uma sintonia e uma boa aproximação com os pais e/ou responsáveis pelos educandos, não apenas para se manterem informados quanto à vida estudantil, como também para o aperfeiçoamento da gestão da escola e da sala de aula.