Dialogar com a criança sobre a sexualidade, para muitos, é visto como um “ato que corrompe a ingenuidade”, entretanto é na educação infantil que a criança começa a conhecer seu próprio corpo, ao mesmo tempo que intensifica o convívio social. Neste sentido, a pesquisa aqui representada emerge a partir da necessidade de dialogar com a temática sexualidade com os pais, estudantes e escola, abordando a importância da educação sexual na vida escolar da criança. Tendo como objetivo discutir acerca dos benefícios da informação e conhecimento da sexualidade para a prevenção do abuso sexual como também a desmitificação dos tabus na abordagem desse tema em sala de aula. Neste viés, realizou-se uma pesquisa de cunho qualitativo, no qual teve aporte bibliográfico nos teóricos Figueiró (2009) e Souza (2018). Embora tenhamos evoluído cientificamente, nossa sociedade é repleta de tabus que permeiam os conhecimentos do corpo e da sexualidade, quando remetemos a sexualidade infantil o (pré) conceito causa um bloqueio de conhecimentos que refletem na vivência educacional do tema, quando na verdade falar sobre a sexualidade é uma oportunidade de esclarecer conteúdos que envolvem seu corpo, identidade, gênero e prevenção ao abuso sexual. A escola tem por finalidade exercer essa função social, contribuindo para que o assunto da sexualidade seja abordado de forma adequada a cada faixa etária, sendo esta, extremamente importante para que todos possam reconhecer e se proteger de um eventual assédio e/ou violação sexual. Em suma, dialogar sobre sexualidade na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental é um assunto necessário e deve ser integrado de maneira intencional e sistemática nos currículos das escolas.