A educação de crianças pequenas, antes restritas ao cuidado doméstico, passou a ser realizada em instituições diante da inserção da mulher no mercado de trabalho. As primeiras estruturas voltadas para este objetivo tinham o assistencialismo como base; e, passado muitos anos, ainda é perceptível esse viés. As legislações que embasam o atual contexto trazem consigo o cuidar e educar como referência. Porém, devido a crescente demanda, é visível que o planejamento estrutural da escola não abarcou satisfatoriamente a procura pelo ensino. O escopo da pesquisa é observar as perspectivas de pais de alunos sobre a educação Infantil de tempo integral. Fundamenta-se o presente artigo nas ideias de Araújo, Auer e Neves (2019), Araújo (2015), Fernandes (2009), entre outros. A metodologia utilizada é a quali-quantitativa de cunho descritivo e, neste caso, utilizou-se entrevistas por meio de questionários. Revelou-se nesse estudo que a necessidade de trabalho é o fator que move a procura por uma escola de tempo integral, sendo que esta precisa ser próxima a residencia ou emprego e que, caso não necessitasse se ausentar para o labor, uma parte (40%) não matricularia a criança. Carinho e amor são palavras recorrentes nas respostas referentes a execução do trabalho escolar. Essa é a ideia dos pais quanto ao ensino, concretizando-se, assim, o desconhecimento quanto à importância de conceitos e metodologias. Ainda há muito o que se fazer para que a escola tenha um status diferenciado. O docente não recebe a devida relevância enquanto profissional. Dessa forma, entende-se que é preciso repensar o Currículo da Educação Infantil, inserir ainda mais os pais no ambiente escolar, bem como valorizar o professor e demais profissionais que fazem parte da escola, além de uma maior cobrança quanto ao cuidado à criança pela família.