Este artigo versa sobre o paradigma da Educação Popular (EP) na contemporaneidade. Assume como principal perspectiva metodológica os preceitos da abordagem qualitativa de pesquisa, tomando como referência a Pesquisa Bibliográfica, do tipo exploratória (GIL, 2008). O estudo possibilitou instituir um diálogo com as abordagens e concepções da EP, traçando uma linha do tempo histórico-crítico sobre o seu legado e suas repercussões na atualidade. Para tanto, realizamos aproximações conceituais entre as categorias “Educação Popular” e “Saberes”, buscando, sobretudo, entender as relações de causa e efeito entre essas duas ocorrências . Tomou-se como referências principais leituras de autores e autoras como: Brandão (1985), Freire (1988), Streck (2012), Gadotti (1994), Paiva (1987), Silva (2013), entre outros. Os resultados reforçam a necessidade de compreender a evolução conceitual da Educação Popular e sua interface com a questão do saber, especialmente na última década, ampliando o legado, antes, marcado pelo chão das experiências tecidas junto aos movimentos sociais e populares, abarcando, sobretudo, a partir da década de 1980, os espaços vinculados aos processos didáticos e educativos, que se dão no contexto das escolas públicas brasileiras.