O público da educação especial está cada vez mais presente nas Instituições de Ensino Superior (IES), pois os ambientes têm se tornado mais acessível em suas estruturas (arquitetônica, tecnológica e de pessoal capacitado). Esta base tem contribuído para a autonomia do ensino-aprendizagem das pessoas com deficiência em IES. Dessa maneira, as políticas afirmativas têm norteado os Núcleos de Acessibilidade das Universidades e Centros Universitários no atendimento especializado (acompanhamento individual, elaboração de recursos didáticos e outros) aos alunos com deficiência. Nesse contexto, ao focar nos recursos didáticos relaciona-se com o trabalho dos profissionais de acessibilidade na elaboração dos Produtos Educacionais Acessíveis (PEA), no qual a implementação de um Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) contribui para mais segurança e a manutenção dos espaços de armazenamento; a disseminação e a consulta; e por fim a diminuição de retrabalho para desenvolver PEAs e a geração de relatórios para tomadas de decisões gerenciais. Nessa pesquisa foi realizado um levantamento bibliográfico para compreender o cenário atual de repositórios e uso de banco de dados na educação especial; e de cunho quantitativo e qualitativo na coleta de dados em visitas técnicas/entrevistas e análises de dados coletados em Núcleos de Acessibilidade da UFPA e da UFRA, de maneira que este SGBD produzido possa auxiliar qualquer Núcleo de Acessibilidade de IES brasileira. Como base teórica para elaboração deste produto educacional, trabalhamos com os conceitos de Métodos de Pesquisa (GERHARDT et al., 2009), Inclusão (SASSAKI, 2006), Banco de Dados (SILBERSCHATZ et al., 2012) e legislações (BRASIL, 2011, 2013, 2015, 2016). A metodologia aplicada na modelagem do SGBD ocorreu por meio do pipeline com quatro fases: modelagem do banco de dados (elaboração dos diagramas de caso de uso e de classe); implementação no PostgreSQL (scripts); inserção dos metadados (aproximadamente dez gigas de PAEs); validação (testes de desempenho do SGBD com especialistas). Como resultados futuros pretendemos contribuir na discussão sobre SGBDs e redes colaborativas de PEA no Ensino Superior.