O presente trabalho objetiva descrever a importância de se trabalhar temas como inclusão e modelagem didática para licenciandos em Ciências Biológicas, como parte de sua formação acadêmica. Os dados e reflexões aqui apresentados são oriundos da vivência na disciplina Política de Educação Inclusiva I, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), Campus São Luís – Monte Castelo. Os modelos didáticos multissensoriais se caracterizam por serem recursos de extrema importância tendo em vista que possibilitam uma compreensão mais concreta e tangível dos conceitos abordados em sala de aula. A utilização desses recursos possibilita a mobilização dos diversos sentidos como o paladar e o olfato e, principalmente, a audição e o tato pelo aluno cego, bem como o uso do resíduo visual pelo aluno com baixa visão, favorecendo a construção de representações mentais importantes no processo de aprendizagem, facilitando a participação ativa e, por consequência, a devida inclusão. Esta vivência culminou com a construção de um modelo didático multissensorial feito pelas autoras sobre tipos de solos e validado por uma aluna com baixa visão. A partir da vivência em pauta, concluiu-se que oportunizar aos alunos público-alvo da Educação Especial terem experiências palpáveis dentro de sala de aula permite o seu melhor desempenho e aprendizado, o que é extremamente importante e significativo para o aluno. Assim como aprender, refletir e construir recursos diversos e adaptados contribui com a formação acadêmica dos futuros professores. É fundamental que as escolas, licenciandos e professores de forma geral, estejam atentos à necessidade de disponibilizar e utilizar tais recursos para garantir uma educação inclusiva e de qualidade para todos os estudantes.