A violência racial é um problema que assombra o Brasil desde o começo dos seu processo de descobrimento e colonização, ou seja desde os primórdios de sua construção. Sendo assim, ainda hoje a sociedade sofre a reflexão do processo de desumanização que foi implementado a mais de 200 anos atrás, essa ocorre em diversos âmbitos da sociedade, a educação sendo uma delas. Desse modo, o presente artigo busca expor como ocorre a inserção da educação das relações étnico raciais (ERER) no currículo escolar. Esse trabalho foi construído com base em uma observação participante sem intervenção em uma escola municipal da cidade de Recife, em que a turma observada era referente a um grupo V, crianças de cinco anos. O objetivo era analisar como a inclusão de crianças negras e indígenas era realizada dentro do âmbito escolar, por meio de aulas sobre a cultura desses povos, atividades pedagógicas realizadas pela professora, fora e dentro da sala, a análise dos momentos de convivência entre os alunos, como por exemplo, o recreio, averiguando assim o currículo sendo produzido e reproduzido no processo de ensino e de aprendizagem. Os resultados alcançados com o artigo foram à identificação que uma educação que não se compromete com a diversidade dos sujeitos acaba por reproduzir as desigualdades e violências presentes na sociedade. Na análise das aulas e dos livros didáticos e paradidáticos foi possível perceber que trazer diversos mecanismos para trabalhar a questão étnico racial é definitivamente uma ótima abordagem para as crianças.