O objetivo deste trabalho é discutir a importância dos espaços de samba como locais de aprendizagem não formal, sob a ótica dos estudos sobre a cultura afro diaspórica. Partindo da comum visão de que somente a educação restrita nas quatro paredes da sala de aula é válida, é necessário que olhemos para as possibilidades de outros espaços com saberes próprios que não são conduzidos pelas heranças de uma escola ultrapassada em que o aluno é posto no papel de um espectador solitário e tarefeiro. Nesse sentido, as escolas de samba do Rio de Janeiro, tecidas por saberes africanos, mostram-se como genuínas promotoras de festividade, afetividade, coletividade, acolhimento e conhecimento. Partindo da literatura infantil ‘’Os Ibejis e o Carnaval‘’, de Helena Theodoro e a partir de uma perspectiva teórica composta por Bourdieu (2003); Bell Hooks (1994); Vera Candau (1997); Hampâté Bâ (2010); Spirito Santo (2016) entre outros, será possível compreender a profundidade dessa abordagem. A proposta aponta como o samba e as escolas são instrumentos pedagógicos para uma educação emancipatória, que valoriza a memória, cultura popular.