O estudo sobre a Educação Inclusiva perpassa pela dimensão teórica e pelo diálogo desta na prática. Um docente eticamente comprometido precisa estar atento ao que acontece na sociedade para mediar e ressignificar os valores que permeiam o cotidiano dos estudantes. O presente artigo teve o objetivo de analisar como a legislação que trata de estudantes com deficiências e necessidades educativas específicas vêm sendo aplicada no cotidiano escolar. O estudo de caso foi realizado em uma Escola Estadual do Rio Grande do Norte. Em 2024 a quantidade de estudantes AEE matriculados foi de 72 estudantes. Destes, 35 eram estudantes que apresentavam Deficiência Intelectual, 27 Transtorno do Espectro Autista (TEA) e 10 Deficiência Física. Ao realizar a pesquisa verificou-se que o número de matrículas cresceu entre 2023 e 2024, ocorrendo um aumento de 70 para 98 estudantes. O Sistema Integrado de Gestão da Educação, apresenta a matrícula de 98 estudantes, no entanto na secretaria da própria escola consta 72 estudantes esta discrepância atrela-se aos fatores: as matrículas online podem ter influenciado que alguns responsáveis tenham preenchido o formulário de forma equivocada, a SEEC contabiliza a cada estudante AEE com duas matrículas e ainda o software contar o mesmo estudante duas vezes quando há no laudo deficiências mútuas. Apesar da discrepância, a escola vem contribuindo para o objetivo da Política Nacional ocorrendo as matrículas e o estudante vem sendo inserido em sala de aula. No entanto, o Governo do RN não enviou quantidade suficiente de profissionais, a escola dispõe de 08 profissionais quando deveria ter 14 profissionais. Conclui-se que a Escola tem aplicado os princípios e propostas da legislação sobre Educação Inclusiva, tornado a escola polo de referência, no entanto, faltam algumas prerrogativas Estaduais: melhorar a infraestrutura da escola e disponibilizar mais profissionais para o atendimento em sala de recursos funcionais.