O presente estudo tem o objetivo de refletir sobre o papel do brincar heurístico com objetos mediados pelas interações e brincadeiras a favor de aprendizagens que assegurem às crianças o direito a viver experiências significativas na Educação Infantil. Buscou-se apontar a relevância do trabalho que prima pela qualidade a favor de um ambiente estimulante, desafiador e criativo para a primeira infância. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, de natureza básica, a partir da análise de revisão de literatura. Para o estudo, buscou-se o diálogo com as proposições dos autores: Ignácio (1993), Goldschmied e Jackson (2006), Barbosa e Horn (2008), além dos documentos oficiais como a Constituição Federal, de 1988, a LDBEN, de 1996, e as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (DCNEI) de 2009 e BNCC (2017). Os resultados demonstram que o brincar heurístico propicia autonomia e construção de aprendizagens para as crianças, pois, ao selecionarem espontaneamente objetos, a concentração, bem como a habilidade criadora, estão em desenvolvimento na medida que desenvolvem a autonomia para manipular diversos materiais. Deste modo, as crianças expressam alegria por suas próprias descobertas e fomentam interações sociais, trocando objetos e construindo juntas. Empenham, então, trocas cooperativas a partir da exploração com os materiais, além de vastas aprendizagens adquiridas como: conhecer movimentos, identificar cores, encher e esvaziar potes, selecionar, discriminar, comparar, empilhar, descobrindo e inventando o mundo. Por isso, um ambiente que fomente a ação do(a) professor(a) para a composição destes materiais diversos é deveras importante para a construção de aprendizagens que terão significado para a criança em espaços organizados que estimulem e favoreçam a expressão da autonomia, criatividade e expressividade infantil.