O trabalho apresentado para análise é fruto da interlocução entre duas pesquisas de Mestrado, já finalizadas, em 2023, pelo Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (PPGE/UFJF). Ambas elegeram o Centro de Educação de Jovens e Adultos Dr. Geraldo Moutinho (CEM), componente da rede municipal de ensino de Juiz de Fora, como seu objeto de estudo, motivadas por sua paixão pela EJA e pela instigação causada pelo referido recinto escolar. No decurso de suas andarilhagens analíticas, vislumbrou-se a possibilidade de se inter-relacionar diversos aspectos relevantes – tanto sócio-históricos como pedagógicos, da constituição/consolidação da modalidade na escola, enquanto um recorte que se consolida como outra pesquisa em andamento. No movimento de (re)significação e (re)contextualização das análises, emergiram reflexões potentes, no que tange à (re)construção das práticas curriculares e na arregimentação autônoma do(s) currículo(s) da instituição, no decurso temporal, considerando-se os diferentes contextos (social, histórico, político, pandêmico). Maximiza-se, assim, a visão de políticas públicas em prol do segmento, capazes de subverter a lógica segregacionista que, tantas vezes, o condenou à marginalização. Metodologicamente, apresentam abordagem qualitativa – sendo uma vertida para o caminhar histórico da instituição, onde se destaca a experimentação curricular, e a outra focada nas reorganizações curriculares, à época do ensino remoto e do retorno presencial, conferindo especial atenção às Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) nas práticas em alfabetização na EJA. No campo teórico, centram-se em Freire (2002), Apple (1999), Arroyo (2013), Sacristán (2013), Magda Soares (2015), denotando a interface entre EJA, currículo e alfabetização. A disseminação associada dos trabalhos vem ganhando vulto no meio acadêmico e escolar, embalando utopias possíveis. Ao divulgá-las, prospectam-se caminhos viáveis para o campo em questão, reforçando a máxima do “ser mais”.