Aborda-se o acesso ao Ensino Superior sob a perspectiva da Educação à Distância focalizando a evolução da modalidade, passados dezessete anos desde sua regulação em 2005, fazendo uso de coleta de dados relevantes sobre o tema, seguidos pela avaliação dos resultados obtidos. A Educação à Distância no Ensino Superior refletiu no crescimento do número de cursos de graduação, que aumentaram de 189 em 2005 para 9.186 em 2022, marcando um crescimento significativo de 118,2%. Esse crescimento substancial resultou em um aumento expressivo no número de vagas oferecidas na modalidade EaD, saltando de 423.411 para 17.171.895 no período analisado, ao tempo em que, o ensino presencial saia de 2.435.987 para 5.657.908 no mesmo período. Consequentemente, a demanda de inscritos na Educação a Distância, que era de 4,4% em 2005, alcançou 48,13% em 2022, representando a maior taxa ao longo dos dezessete anos. Apesar disso, esse percentual não foi superior a demanda por matrículas no ensino presencial, que variou ao longo do tempo, ao passo que a EaD se manteve com oscilações mínimas. Registrou-se também aumento no número de ingressantes que cresceu de 127.014 para 3.100.556 de 2005 a 2022. Contudo, a existência de vagas não preenchidas em cursos de graduação coloca em questão a eficácia do acesso ao ensino superior proporcionado pela regulamentação da EaD. Esses resultados alertam para o risco de não cumprimento da Meta 12 do Plano Nacional de Educação em 2024, que visa ampliar o acesso ao ensino superior. Este estudo não busca esgotar o tema, mas sim integrar-se às pesquisas existentes para aprofundar o entendimento da Educação a Distância no Brasil e seus efeitos no Ensino Superior, visando contribuir para melhorias na modalidade e contribuir para a formulação e ajuste de políticas públicas, com foco em uma educação de qualidade.