O contexto educacional, apesar de ter sido pioneiro na aplicação da psicologia, carece de uma psicologia escolar robusta e engajada, resultando em práticas de ensino desconectadas da realidade dos alunos e desmotivadoras. A extensão curricular propõe um diálogo que pode promover a emergência de um sujeito social ativo e entrelaçado à cultura, proporcionando um espaço para a criatividade e a imaginação. Este resumo aborda a curricularização da extensão no ensino superior, com foco na realização de oficinas e intervenções em uma escola pública de Fortaleza por alunos do sétimo semestre do curso de Psicologia e duas professoras. Refletindo sobre a história da psicologia brasileira e sua relação com a psicologia educacional, destaca-se a necessidade de repensar as práticas de ensino para uma abordagem mais conectada com a realidade dos alunos. O contexto da ação de extensão foi na disciplina de Psicologia Educacional e Escolar, utilizando a metodologia da pesquisa-ação para promover intervenções práticas. As oficinas abordaram temas como sexualidade na adolescência, identidade de gênero, saúde mental e relação não violenta, visando estimular o diálogo e a reflexão crítica. Além disso, foram elaborados materiais informativos para a comunidade escolar. Os resultados indicam que o diálogo estabelecido com a comunidade escolar, aliado às intervenções práticas dos alunos de psicologia, contribui para ampliar as competências dos estudantes e promover uma psicologia escolar mais engajada e eficaz. As intervenções também ofereceram reflexões sobre a relação entre expressão do corpo, arte e saúde mental na escola, favorecendo a autorresponsabilidade dos jovens em relação ao seu bem-estar psicológico. A interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade por meio da troca de conhecimentos, da participação e do contato com as questões complexas contemporâneas presentes no contexto social, expressa pela curricularização da extensão.