Este trabalho versa sobre a reflexão da emoção como categoria social no universo do campo escolar, a partir de uma análise embasada na visão da sociologia da emoção. Cabe destacar que, não negamos as outras perspectivas sobre a emoção, principalmente, na vertente psicológica, mas o propósito é entrar na seara conceitual que compreende a emoção como um elemento social e cultural, que emerge diante do processo de sociabilidade no âmbito da escola. Então, entendemos a emoção como um fato que tem a ver com o nosso habitus que incorporamos por meio de práticas e percepções de experiências com a educação pública, como uma forma de educação emocional ainda arraigada nos preceitos de uma racionalidade predominante. Em conformidade com Bourdieu (2007, p. 47) que “não é possível evitar a tarefa de construir o objeto sem abandonar a busca por esses objetos pré-construídos”. Objetivamos, assim, levantar considerações sobre a emoção enquanto fenômeno social que ecoam na interação social no espaço da escola, buscando perceber seu impacto no processo de convivência social. Nesse mote, realizamos discussões pautadas no referencial teórico sobre como concebemos a emoção como elemento social (LINDNER, 2013; KOURY, 2015, 2004; COLLINS, 2005; Goleman, 2012); e a concepção de escola como ambiente dinâmico de relacionamentos e interação social e moral (SOUZA, 2006: DURKHEIM, 2018). A metodologia baseamos em caráter textual com análise qualitativa, a partir da abordagem de reflexões de obras, artigos e demais referências que nos conduzem a reflexões preliminares, sem nenhuma pretensão de conclusões densas e inflexíveis. Destacamos, que o propósito deste artigo é nos aproximarmos de uma discussão de cunho sociológico da emoção e o campo da educação emocional. Portanto, o que entendemos são resultados inconclusos que possam refletir outras formas de escritas e debates em situações posteriores.