O objetivo deste trabalho consiste em dar visibilidade sobre o lugar de aluno com deficiência no processo de escolarização dentro da atual política de educação inclusiva do Governo Federal. Historicamente, esse lugar é marcado pela relevância do discurso médico que, ao vincular a deficiência à incapacidade, acarreta na construção de relações de ensino marcada por baixas expectativas em relação ao desenvolvimento do aluno com deficiência. Para tanto, as discussões estão ancoradas na concepção de deficiência a partir do modelo social que preconiza que a questão central em relação aos alunos com deficiência no espaço escolar deixa de ser os possíveis impedimentos postos nos diagnósticos clínicos e desloca-se para a construção de estratégias pedagógicas que possibilitem a participação desses alunos no processo de escolarização. Uma vez que, a deficiência somente causará restrições na vida da pessoa quando houver resposta negativa por parte da sociedade. Logo, conclui-se que a concepção de deficiência afeta a construção das relações de ensino e as posições sociais dos alunos com deficiência no interior da escola. Bem como, tal concepção pode gerar barreiras sociais e atitudinais no cotidiano escolar que causam processos de desigualdade e exclusão, o que requer mudanças nas condições do processo de escolarização, nos modos de participação do aluno com deficiência no espaço escolar e a ressignificação do trabalho pedagógico voltado para as possibilidades de desenvolvimento desse aluno.