A neurodiversidade é um termo amplo e complexo, que se refere a variações neurobiológicas encontradas entre os indivíduos. Com base na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015), concebemos pessoas neurodiversas como sujeitos que partilham de especificidades neurológicas e que devem ser público-alvo da Educação Inclusiva, por exemplo, pessoas com dislexia, Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro Autista (TEA). No entanto, ainda enfrentamos um desafio significativo de escassez de profissionais da educação capacitados para atender às necessidades específicas de alunos neurodivergentes. A falta de preparo e sensibilização de parte dos educadores pode resultar em práticas pedagógicas inadequadas e na exclusão inadvertida de estudantes neurodiversos. Diante desse cenário, delimitamos como objetivo realizar uma investigação bibliográfica e documental, a respeito da inclusão de pessoas neurodiversas no ambiente educacional. Para tanto, em termos teórico-metodológicos, reunimos documentos, dispositivos legais e políticas públicas que ofereçam suporte para melhorar a inclusão e garantir os direitos das pessoas neurodiversas na esfera escolar. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva orienta as práticas educacionais para promover a diversidade e a igualdade de oportunidades no sistema educacional brasileiro. No entanto, a eficácia dessas leis depende da implementação adequada e do investimento em formação continuada para os profissionais da educação. Iniciativas que visam capacitar os educadores para compreender e atender às necessidades específicas dos estudantes neurodiversos são essenciais para garantir uma educação inclusiva e de qualidade para todos. Como resultados da pesquisa, foi possível identificar que a garantia à educação, a inclusão e o apoio adequado a estudantes neurodiversos é fundamental para promover o desenvolvimento acadêmico e socioemocional.