O presente trabalho tem como enfoque apresentar um relato sobre a formação inicial de licenciandos em Química referente às práticas de laboratório no contexto do Ensino Médio integrado aos cursos: Técnico em Química, Petróleo e Gás e ao curso de graduação em Licenciatura em Química. Trata-se da atividade de monitoria acadêmica relacionada à mediação do processo ensino-aprendizagem de alunos com necessidades educacionais específicas (nee) matriculados no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (Campus Duque de Caxias). As experiências vivenciadas nesta monitoria, sob a coordenação do Núcleo de Atendimento à Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE), destinam-se a identificar e eliminar as possíveis barreiras de aprendizagem que dificultam o ensino de Química. Para atingir determinado objetivo, os licenciandos colaboram com o suporte pedagógico a estudantes com especificidades visuais e motoras, dentre outras, durante atividades experimentais realizadas no ambiente de laboratórios, intervindo quando necessário. Assim, a experiência nesta modalidade de monitoria oferece uma formação mais completa na perspectiva da inclusão para os futuros professores de Química onde são realizadas reuniões para estudo de temas relacionados à educação inclusiva, bem como estudos de caso, como também a adoção da abordagem metodológica e instrumental mais adequada à prática em laboratório para o estudante com nee. Através da reflexão sobre a atuação do (a) mediador (a) em relação às barreiras identificadas, conclui-se que, para haver uma educação inclusiva e significativa do conhecimento químico, é necessário a reformulação dos espaços, tornando-os, não apenas fisicamente acessíveis e adaptados, mas transformados em ambientes potentes para múltiplas formas de aprendizagem.