Com a pandemia de COVID-19, o cenário educacional passou por diversas mudanças e os docentes precisaram adaptar e reinventar suas maneiras de ensinar. Nesse contexto, alguns conteúdos da disciplina de biologia ganharam destaque, como a imunologia, devido seu estudo possibilitar abordar temáticas de saúde como os tipos de imunidade e vacinas. Assim, esta pesquisa buscou avaliar a percepção de professores de biologia de uma escola estadual de ensino médio da cidade de Maracanaú, Ceará, acerca das aulas ministradas por eles antes, durante e ao fim do ensino remoto. A pesquisa foi realizada no ano de 2022, sendo submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos com aprovação sob o parecer 5.406.063. Dois professores de biologia responderam a seis questões discursivas acerca de suas aulas, qualidade do material didático utilizado, uso de metodologias ativas e a volta ao ensino presencial. Os docentes relataram que já antes do ensino remoto buscavam estimular a participação dos estudantes com uso de metodologias ativas e aulas dialogadas, porém, já era uma tarefa difícil haja vista o baixo comprometimento dos estudantes. Em relação a abordagem da imunologia, os professores relataram que o material didático com a temática adotado para as turmas era superficial. Além disso, um dos professores citou que sempre buscava contextualizar a temática com o cotidiano dos estudantes, e isso se intensificou durante a pandemia. Já em relação ao formato das aulas com o retorno do ensino presencial, ambos os docentes responderam que a metodologia seguiu a mesma de antes do ensino remoto, mas que agora, os estudantes estavam bem menos participativos. Portanto, observou-se que antes do ensino remoto, os professores já passavam por desafios para estimular a participação em sala de aula, o que se intensificou durante a pandemia e ao retorno ao presencial, com os estudantes ainda mais desmotivados.